Desde o dia 9 de fevereiro, vem sendo apresentados espetáculos de
dança contemporânea no Teatro Martins Penna, no Largo do Rosário. Os artistas
pertencem à Cia. Repentistas do Corpo.
Até o momento, nos três últimos fins de semana, eles já presentearam aos que
compareceram no teatro com três espetáculos diferentes. O primeiro se intitulou
“Cordel
Encorpado”, uma agradável e bem humorada viagem pelo nordeste e por sua
literatura de cordel. O segundo chamou-se “Nessa Onda Que Eu Vou”. Foi a vez de
passear pelo Rio de Janeiro, por suas praias e música no ritmo da Bossa Nova,
com direito a percussão corporal, sapateado e música ao vivo. O terceiro, na
semana passada, juntou a poesia de Carlos Drummond de Andrade ao lirismo do
corpo em movimento, numa acoplagem supersensível, com uma série de efeitos
tecnológicos, riquíssima em imagens cheias de inspiração. O sugestivo nome
desse espetáculo foi “Corpoemas”. Nesta semana, 01 e 02 de
março, sábado e domingo, às 19 horas, o título da apresentação é “Lado
B”: B de brega.
As três primeiras apresentações foram ótimas. A expectativa é de que
a temática da música brega deverá ser um sucesso. O público que esteve presente
até agora, deu demonstrações de que gostou. Nos dias em que assisti, todos os
espetáculos foram aplaudidos de pé, ao final. Como chamei atenção no título
desta matéria, trata-se de espetáculos gratuitos. Uma forma de formar público
para o nosso teatro. Não é apenas o centro e a zona sul que podem oferecer
entretenimento de qualidade aos que residem do lado de cá da cidade. Depois da
reforma, o Martins Penna se tornou ainda mais aconchegante. Os próprios
artistas têm elogiado o charme com que ele se reveste. É só uma questão de
incluí-lo nas possibilidades de fazer parte do nosso lazer ou do aprimoramento
de nossa formação artístico-cultural.
A linguagem falada tem seus códigos. A linguagem do corpo também tem os seus. O código de barra é fichinha frente à imensa riqueza de movimentações e gestos com o corpo pode se expressar, principalmente na dança. Venha conferir. Os bailarinos são: Sérgio Rocha e Cláudia Christ. O diretor técnico e iluminador é o Ari Buccioni. Sinta-se convidado e compareça. Acredito que você vai gostar.
Postado por José Morelli
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