Essa palavra tem estado presente na minha cabeça já há alguns dias. Julgo que não é à toa que isso vem acontecendo. Protagonismo é a função de quem assume desempenhar um papel proeminente. Pode ser de um ator ou de uma atriz principal, de um lutador (militar ou militante político), de um jogador de qualquer modalidade esportiva (Pelé/Messi/Neymar/Oscar/Ortência). Mas, o que imagino tem sido o que vem influenciando, com mais força, minha ideia fixa na palavra “protagonismo” é o que tenho ouvido a respeito da maneira como o Papa Francisco vem exercendo seu papel de líder religioso.
A última notícia
que ouvi a respeito dele, foi a da visita que fez a um seu amigo, o pastor
evangélico Giovanni Traetino, morador na cidade de Caserta, no sul da Itália.
Foi a primeira vez que um Papa viajou do Vaticano para encontrar um pastor
protestante. Esta visita já vem sendo qualificada como histórica. Na ocasião, o
Papa afirmou que “entre as pessoas que perseguiram os pentecostais também houve
católicos: eu sou o pastor dos católicos e peço perdão por aqueles irmãos e
irmãs que não compreenderam e foram tentados pelo diabo”.
Após essa
conversa privada, os dois religiosos foram de carro à igreja evangélica da
reconciliação de Caserta, onde fiéis curiosos aguardavam a chegada do papa. Ali,
o líder católico pediu que os cristãos se unam na diversidade, dizendo: “O
Espírito Santo cria diversidade na Igreja. A diversidade é bela, mas o próprio
Espírito Santo também cria unidade, para que a Igreja esteja unida na diversidade:
para usar uma palavra bonita, uma diversidade reconciliadora”.
Confesso que, nos
meus 72 anos de vida, nunca vi um papa que protagonizasse seu papel de líder
religioso católico de forma tão expressiva e positiva. Protagonismo assim, me
remete a Jesus Cristo. Ele foi e é o maior de todos os protagonistas que deixou
sinais que permanecem vivos até os dias de hoje. Suas ações e palavras ainda
têm força, passados dois mil anos de sua passagem pelo mundo.
Postado por José Morelli