sábado, 26 de maio de 2018

Corporeidade

São dotados de corporeidade os seres humanos e os animais em geral. Também os astros e estrelas do firmamento são chamados de corpos celestes. Da mesma forma como os primeiros, estes possuem materialidade e organicidade em suas constituições físicas, apresentando dinamismos tanto internos como externos. O Planeta Terra, que é o corpo celeste no qual habitamos conhecido também pelo nome de Gaia, se apresenta como um organismo vivo, pleno de energia pulsante à semelhança de um coração de gente.

O processo evolutivo da vida não contraria a hipótese de que o Universo tenha sido criado por um Ser Superior. Se aparelhos eletrônicos podem já virem munidos, desde a fabricação, de suas respectivas programações, por que os corpos humanos e celestes não poderiam vir dotados dessa mesma capacidade?... Somente depois do desaparecimento dos dinossauros, da face da Terra, é que esta passou a ter as condições necessárias à constituição e desenvolvimento dos seres humanos.

Diferentemente dos corpos celestes, homem e mulher se apresentam dotados de inteligência e de consciência quanto a esta sua capacidade. Pode ter sido necessário milhares de anos para que esta evolução chegasse a seu pleno desenvolvimento. Assim, a natureza humana em seu todo pode muito bem ser a representação de toda a criação existente em todos os tempos.

A história humana descreve uma trajetória rica de acontecimentos surpreendentes.
Tanto no chamado Velho Mundo como no chamado Novo Mundo grandes civilizações deixaram os sinais de suas histórias. Uma linha de continuidade perpassa todas essas construções de vida, cheia de altos e baixos. Não foram poucos os que deixaram exemplos admiráveis de humanidade e mesmo de espiritualidade em suas vivências heroicas. Estes, por seus exemplos, podem servir de inspiração às mentes e aos corações de todos os que trazem, na intimidade, o pré-requisito indispensável da boa vontade.

Postado por José Morelli



sábado, 19 de maio de 2018

O fato e a versão do fato


Diz-se que “contra fatos não há argumento”. Se algo aconteceu de verdade por que então contestá-lo? Quanto à versão do fato, no entanto, já não se é possível dizer o mesmo. Muitas são as interpretações ou entendimentos que podem se depreender de um mesmo acontecido. Daí o lembrete deixado pelas expressões existentes na língua portuguesa: “Cada caso é um caso” ou de “Cada cabeça uma sentença”. No sentido de ressaltar o que não se pode nem se deve esquecer, aqui vai o axioma que assinala ser: “o essencial invisível aos olhos”. Olhares e mentes funcionam como filtros, enquanto deixam passar umas partes impedem de que outras passem. Uma notícia, pela ênfase com que são expressas as palavras que a compõe, reflete o entendimento do apresentador ou o que ele quer transmitir do fato. Se intenciona dar-lhe uma conotação positiva ou negativa basta que junte à notícia uma leve expressão da voz ou do rosto.  

Fatos acontecem a todo instante. Indivíduos e sociedade convivem com eles, sendo bombardeados por todos os lados. O tempo, a experiência de vida, tem a capacidade de ensiná-los a conviverem melhor com os acontecimentos. Cada indivíduo possui sua consciência como norma próxima que o ajuda a escolher o entendimento de tudo o que lhe acontece. A consciência de cada um precisa ser reconhecida em sua importância. O mesmo vale para a consciência coletiva. Existe certa hierarquia com relação às consciências. Quem não valoriza a própria não terá capacidade de reconhecer a consciência dos outros ou do coletivo. A verdade e o bem estão presentes nas partes e no todo. Precisam ser reconhecidas e internalizadas assim.

A história mostra que o mundo sempre apresentou divisões. Não foram poucos os que tentaram construir impérios que dominassem todos os povos, religiões que unissem a todos numa única fé. Nenhuma dessas tentativas surtiram o efeito esperado. Os seres humanos tiveram e têm que aprender a conviver com as diferenças. Tiveram e têm que evoluir na razão e na emoção.

Para consegui-lo precisam se apoiar sobre alguma base, de valor pessoal, de confiança em si e de confiança no outro também. Parece contraditório, mas não é. O aprendizado de um leva ao aprendizado do outro, numa espécie de círculo virtuoso. Só vivendo é que se pode experimentar o crescimento, o desenvolvimento, o prazer e a grandeza de viver e de conviver. O imediato, o dia a dia concorre para esse aprendizado. Os acontecimentos, os fatos com suas versões se constituem como matéria prima da construção das personalidades de cada indivíduo e dos grupos sociais em que se compõem.

Postado por José Morelli