Quem procura um psicólogo ou psicóloga espera ser ajudado na superação ou diminuição de intensidade de problemas, que dificultam ou impedem seu bom desempenho humano, mental e emocional. Mesmo que, historicamente, a psicologia terapêutica tenha se institucionalizado a menos de dois séculos, esta tem sido aprofundada em seus estudos, contando com os grandes avanços das metodologias científicas desenvolvidas nos últimos anos. A medicina convencional seguiu caminhos diferenciados no Ocidente e no Oriente.
As tradições criadas por esses dois modelos marcaram os modos de pensar e de se comportar das pessoas no mundo todo. O diálogo científico tem permitido avanços de conhecimentos em vários sentidos. A facilidade dos meios de comunicação tem ajudado a romper as barreiras impostas pelas distâncias, permitindo aprofundados intercâmbios de informações. As culturas estão se misturando e recriando novos entendimentos e modos de sentir, modificando comportamentos nas pessoas.
Os chamados distúrbios psicológicos costumam se manifestar através de sintomas, alguns deles diretamente relacionados a conflitos mal resolvidos, outros a manifestações corporais chamadas de somatizações. Conflitos existenciais podem dar origem a sintomas físicos que funcionam ou não como “pistas” para o desvendamento de suas causas, dependendo da resistência que cada indivíduo mobiliza no sentido de se proteger e de se preservar na própria imagem.
O papel da psicoterapia é mediar o relacionamento entre o psicólogo e o paciente. O contato deve ser pessoal. O empenho precisa se revestir de boa vontade e de coragem no enfrentamento da realidade. Como acontece no dia a dia de qualquer pessoa ou sociedade, o medo é mal conselheiro e não ajuda no desenvolvimento quer individual, quer coletivo. Deixar-se dominar por ele, apenas retarda a solução dos problemas que dificultam a expansão da alma e do corpo.
O psicólogo e escritor americano Carl Roger dizia que “todo relacionamento autêntico é terapêutico”. Sem dúvida, que ele entendia que essa autenticidade se iniciava no relacionamento de cada indivíduo consigo mesmo. Perder o medo de se ver na própria história e em seus desdobramentos é o que dá firmeza na construção, em que nos constituímos.
Postado por José Morelli