O acesso às três grandes portas principais, talhadas na madeira de alto a baixo com expressivas figuras, se dá através de um espaçoso Ádrio. De um lado e de outro desse Ádrio, fixadas nas paredes, se encontram duas placas comemorativas: a primeira, da passagem de Dom Pedro I pela Penha, poucos dias antes de proclamar a Independência do Brasil e, a segunda, comemorativa da elevação da matriz da Penha, pelo Papa João Paulo II, à categoria de Basílica Menor.
Entre as portas
principais e a Nave, propriamente dita, há um espaço através do qual se pode
ter acesso à secretaria da igreja e a dependências destinadas a outras
prestações de serviços. Portas de vidro, com molas, decoradas cada uma com a
figura de um dos doze apóstolos de Jesus, resguardam o recinto da Nave dos
ruídos que possam vir da área externa do templo. Simbolicamente, essas figuras
representam os guardiões do recinto destinado ao culto e à oração, pessoal e
comunitária, de fiéis e devotos.
Na parte superior
desta passagem de vidro, um grande vitral, ocupando toda a extensão da entrada,
traz a representação estilizada de uma das históricas procissões (translados),
nas quais a imagem de Nossa Senhora da Penha, era levada à Catedral da Sé. Toda
vez que a cidade sofria alguma situação de flagelo: surtos de doenças graves ou
secas prolongadas, as autoridades solicitavam ao bispo o envio da imagem ao
centro, onde os paulistanos de todos os recantos pudessem dirigir preces especiais
Àquela que é, popularmente, considerada a Padroeira da Cidade.
A cúpula central
é sustentada por quatro colunas (na base, cada uma dessas colunas se subdivide
em duas). Essas quatro colunas são encimadas pelas figuras dos quatro
evangelistas: Marcos; Lucas; João e Mateus. Os evangelhos anunciam JESUS, o
JOVEM DE NAZARÉ que, com suas palavras e atitudes é CAMINHO, VERDADE E VIDA –
LUZ que ilumina toda humanidade.
O nicho, que é
visto no centro do presbitério, abriga a Imagem de Nossa Senhora da Penha, também
talhada na madeira e em estilo que se aproxima ao barroco. A chegada dessa
imagem, em meados do século XVI, deu origem à primeira capela, cuja presença
documentada demarca, também, a fundação do bairro que leva o nome de sua
padroeira.
Partindo da
cúpula, a basílica da penha possui três lances: o primeiro, que conduz à
entrada principal e, dois outros, que conduzem às portas laterais. Esses também
podem ser considerados como dois braços de uma cruz (naves laterais). Na
extremidade do braço da direita, encontra-se um presépio. Sobre esse presépio
estão representados, em pintura, os cinco mistérios gozosos do rosário. As
pinturas representando os cinco mistérios luminosos se encontram na extremidade
da nave central, abaixo do espaço destinado ao coro. Na parede, que faz fundo
às imagens do Calvário, representativas de Jesus crucificado, Maria, o Apóstolo
João e Maria Madalena, podem ser vistas as pinturas dos cinco mistérios
dolorosos. Por fim, na cúpula menor que se encontra sobre o nicho da imagem de
Nossa Senhora da Penha, a pintura de Maria sendo elevada ao céu, sintetiza as
mensagens contidas nos cinco mistérios gloriosos.
Os vitrais que
filtram a luz solar, na parte superior das paredes da basílica, todos eles trazem
representações de Nossa Senhora, em seus múltiplos títulos. Esses títulos
surgiram da presença histórica de Nossa Senhora nesses dois mil anos de
cristianismo. No mundo inteiro, Nossa Senhora deu demonstração de que não
abandona seus filhos. Assim como Jesus, Ela também permanece presente junto à
humanidade, mediando o Amor de Deus-Pai, com solicitude de Mãe Carinhosa, em
todos os tempos e lugares.
Os itens,
assinalados neste texto, foram apresentados aos jovens que, vindo para a
Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, no dia 21 de julho próximo
passado, visitaram o Santuário Eucarístico e a nossa Basílica. Eram aproximadamente
100 jovens, vindos da Guatemala e da República de El Salvador. Além de terem se
expressado através de alguns cânticos, os visitantes passaram diante da imagem
de Nossa Senhora, a fim de que levassem consigo as suas bênçãos.
Postado por José Morelli
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