O cidadão comum, necessariamente, não precisa ser um técnico em áreas de administração pública para poder contribuir com suas observações, levando às autoridades aquilo que percebe e que pode ajudar a cidade a oferecer uma melhor qualidade de vida a seus moradores. É desse lugar, portanto, que me sinto na obrigação de assinalar algumas constatações, mesmo que sem qualidade de rigor técnico, quanto ao que vem sendo feito no piscinão da Penha. Quem costuma passar pelo local constantemente não pode deixar de intrigar-se com o procedimento de serem retirados caminhões e caminhões de resíduos simplesmente colocando-os de um para outro dos três piscinões. A impressão é de que existe uma desorientação total do que deve ser feito, no sentido de resolver ou minimizar os problemas ali existentes. Na manhã de hoje, quarta feira, dia 10 de fevereiro, depois de dois dias praticamente sem chuva, a água não está conseguindo escoar. O mau cheiro está fortíssimo por toda a imediação. Os poucos funcionários que, com enxadas, desobstruem um dos canais de concreto, são insuficientes diante da imensa necessidade, até que venha a próxima chuva. É como um trabalho de lavar porco que absolutamente não resolve nada. Próximo da comporta do segundo piscinão, no córrego Rincão, uma das placas de cimento quebrou-se e se soltou de um dos lados. Existe acima da mesma uma tubulação com saída de água, que penetra por debaixo da laje quebrada. Se nenhuma providência for tomada, o problema poderá se agravar, talvez com conseqüências imprevisíveis.
Quem não
previne, nem sempre tem condições de poder remediar. Foi o que aconteceu com as
nossas “irmãs” seringueiras da Betari, que acabaram sendo derrubadas “pelo
vento”, na semana passada. Quando chamado à atenção, o poder público não deu a
devida atenção. Um dos funcionários encarregado da corta e retirada dos troncos
atribuiu a queda à presença de cupins. Há dois anos, quando foi feita a
denúncia através deste jornal, nenhuma providência foi tomada para extermínio
dos cupins nem uma poda que ajudaria no fortalecimento das raízes. No lado da
encosta, estas eram mais superficiais do que do outro lado em que se encontra o
asfalto. Deu no que deu. Os gastos com os estragos, causados com o rompimento
dos fios e a falta de energia nas imediações, por vários dias, foi bem maior do
que se tivesse sido feita a prevenção. Um dos troncos, com uns trinta
centímetros de diâmetro, caiu sobre o pára-brisa de um carro que passava por
ali no momento da queda, na altura do câmbio. Se tivesse atingido o motorista,
o acidente ganharia proporções ainda mais trágicas, podendo até ocupar manchetes
de primeira página nos principais jornais da cidade.
Postado por José Morelli
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