“Quem não distingue, confunde e, quem confunde, erra”. Desconheço o autor dessa frase, que ouvi muitas vezes repetida, nos tempos em que cursava filosofia. Dizia respeito às idéias e aos conceitos. Quando estes não são claros nem precisos, em seus significados, não garantem que, deles, se possam tirar conclusões acertadas; muito pelo contrário, geram mais confusão e erro. Os conceitos, como matéria prima da comunicação, precisam de sentidos bem definidos. A reunião deles, em frases completas, permite que estas, pelo sim ou pelo não, cheguem a alguma conclusão quanto aos problemas que precisam de solução.
Nó conceitual é
quando as palavras, ao se juntarem, não sendo bem entendidas em seus
significados, dificultam a boa compreensão dos assuntos, provocando uma
confusão nos pensamentos, semelhante à de um emaranhado de lã. Ao tentar
desmancha-lo, é comum que se produzam nós. Com uma boa visão e percepção dos
fios, juntadas a uma boa dose de paciência e unhas capazes de puxá-los um a um,
é que, pouco a pouco, os nós do emaranhado vão podendo ser desfeitos.
O emaranhado de
lã serve como comparação. Semelhante ao procedimento adotado para desfazê-lo é
o de clarificar os conceitos, a fim de deixá-los mais bem definidos e distintos
uns dos outros. Só assim eles passam a ser instrumentos capazes para ajudar na
solução dos problemas de entendimentos, de acordo com alguma lógica de
compreensão.
Por outro lado,
é também verdade que não são todos os problemas que se resolvem com o uso puro
e simples da razão e da lógica. Problemas que envolvem emoções necessitam do
concurso de outras capacidades humanas, a fim de que sejam solucionados.
Racionalizar pode ser uma forma de negar ou de fugir dos problemas. Desmanchar
os nós conceituais, no entanto, procurando distinguir bem cada aspecto que
envolve as situações, pode ser um caminho que ajuda no reconhecimento do ser
total da pessoa, incluindo a manifestação de suas emoções.
As razões do
coração ou do afeto não podem ser esquecidas ou deixadas de lado. Sabendo
temperar a razão lógica com a sensibilidade é possível se encontrar um maior
equilíbrio e amplitude nas buscas de solução dos desafios nas vivências do dia
a dia.
Postado por José Morelli
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