A
família é o lugar onde acontecem relacionamentos muito especiais, distintos de
outros, onde não existem vínculos tão profundos e intensos. Os laços de sangue
e afetivos, que ligam as pessoas umas às outras, os papéis esperados de cada
uma, a proximidade física, a inevitável interação com outros grupos, ora
facilitam a organização e funcionamento do grupo familiar e são gratificantes,
ora se constituem como obstáculos à consecução dos objetivos pessoais de cada
membro ou do grupo, considerado em sua maioria ou em seu todo, e acabam gerando
conflitos, causando pesados incômodos. Quando os interesses coincidem, fica
mais fácil o relacionamento harmonioso e produtivo.
É
comum ouvir-se falar mal da família, São queixas e mais queixas. No entanto,
apesar das dificuldades, uma força maior tende a manter os membros de um mesmo grupo
familiar ligados entre si, às vezes, até de uma forma neurótica. Toda família
pode ser comparada a uma árvore, cujas raízes são comuns, tendo cada galho
voltado para uma direção e se desenvolvendo de forma original e única, ligados
a um mesmo tronco, do qual recebem uma mesma seiva, sugada com as propriedades de
um mesmo terreno.
A
intensidade do afeto é uma riqueza para a família e, ao mesmo tempo, também um
desafio. Saber administrar os sentimentos, entender e aceitar as diferenças
individuais de cada componente do grupo, saber reconhecer e compreender as
dificuldades e limitações próprias e dos outros, estes são alguns dos esforços
que podem contribuir para o crescimento e boa administração do afeto e do
carinho, na convivência familiar.
O momento de cada um. O choque entre as gerações. A índole pessoal. A fusão com outros grupos com formação, valores e culturas diferentes... tudo isto faz parte da dinâmica familiar, exigindo de cada membro e de todos adaptação constante e a construção de um repertório maior de respostas que atendam às necessidades previsíveis e imprevisíveis, que podem surgir a cada novo momento.
Postado por José Morelli
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