Quem vota se vota a si mesmo: escolhe para que também seja escolhido (lembrado e contemplado) por aquele a quem escolheu. Todo eleitor, além de se representar a si mesmo, não deixa também de representar as crianças (já nascidas e as que em breve irão nascer) os jovens, os idosos e todos aqueles que, por algum motivo, se encontram impedidos de exercer esse mesmo direito.
Discernimento é
a capacidade de escolher da melhor forma possível. Cada pessoa tem o seu
próprio discernimento, sua forma única e intransferível de julgar e de escolher
(eleger). As informações são fundamentais para que os julgamentos possam se
basear naquilo que é e não naquilo que não é. Cada pessoa tem uma espécie de
radar ao qual não deve ignorar a existência. Cada pessoa tem um sexto sentido,
capaz de detectar o que não condiz com o que de melhor existe em si.
O marketing
político serve à venda da imagem dos candidatos e dos partidos que os apoiam.
No contexto mercadológico que caracteriza nossa sociedade hodierna, os
candidatos são tratados da mesma forma como as mercadorias disponibilizadas
para consumo das massas. Os mecanismos psicológicos que regem os juízos
determinantes das escolhas servem às estratégias que os marqueteiros dos candidatos
se utilizam para venderem as imagens deles.
Associações com
estes ou aqueles, repetições tipo água mole em pedra dura tanto bate até que
fura, identificações como formas simbólicas que representam classes sociais,
níveis culturais e econômicos, status servem como iscas e anzóis para pescar
eleitores. Estes, por sua vez, precisam se manter atentos. Devem conversar uns
com os outros e não só se deixarem influenciar pelo que dizem as pequenas,
médias e grandes mídias. A satisfação que devem dar é, principalmente, a si
mesmos, às suas próprias consciências.
“Ninguém pratica
o mal com maior requinte de crueldade do que aquele que o faz com boa
intenção”. “Lobos em peles de ovelhas”. “O brasileiro não tem memória ou não sabe
votar”. Essas e outras ideias que rondam o imaginário do povo são bons instrumentos
de alerta nos momentos de escolher. Vale voltar-se para si mesmo, dando-se a
devida importância como cidadão ou cidadã, reconhecendo-se no pleno direito de
escolher de acordo com o próprio juízo. O voto de cada um tem valor igual, nem
mais nem menos.
Postado por José Morelli
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