Os acontecimentos noticiosos estão aí e a mídia se encarrega de dar expressividade mais a uns que a outros. É ela que intermedeia as informações que nos chegam diariamente. As notícias (pela insistência e/ou emoção com que são revestidas) têm endereço certo e preciso: a sociedade em sua maior abrangência, a qual todos nós nos encontramos incluídos. Interesses nunca deixam de estarem presentes nesse imenso jogo da informação. A opinião pública é uma tremenda força que pode ser instrumentalizada para a consecução dos mais diversos objetivos.
Papel
fundamental em toda essa estória é dar nomes aos bois. Assim se comportam os
que estão de um lado e os que estão do outro lado da notícia, não podemos nos
esquecer disso. Por detrás dos nomes: “guerra”, “paz”, “terrorismo”, “amigo”,
“inimigo”, “segurança”, “insegurança”, estão os fatos que servem como causa dos
acontecimentos noticiados. Nada é à
toa, tudo tem sua razão de ser.
Da justiça a
tendência é de que se desdobre justiça, assim como da injustiça a tendência é
de que se desdobre mais injustiça. Há quem julgue que a vida no mundo ficaria
desinteressante se não houvesse guerras. Elas seriam a mola propulsora do
progresso. A humanidade ficaria estagnada sem o impacto dessa forte emoção.
Para aqueles que pensam assim, a lógica é que pessoas, instituições, países,
blocos continentais se equipem com cada vez mais sofisticadas armas bélicas,
numa desenfreada corrida armamentista. Há quem leve vantagem com tudo isso,
indubitavelmente.
Por outro lado,
há quem julgue que não é o poder da força que deve prevalecer, mas a força do
poder que se encontra no cerne da natureza humana, de cada indivíduo ou cidadão
reconhecido em seus direitos e obrigações.
A propulsão do progresso não deve se fundamentar no exercício das
guerras. O cuidado da vida do planeta é suficiente para dar à humanidade todo
elã necessário para a propulsão do verdadeiro progresso. Ecologistas, médicos
sem fronteiras, juízes e advogados que se dedicam à construção de justiças
restaurativas sabem muito bem a importância desse tipo de visão da vida do
mundo e das pessoas que fazem parte desta nossa sociedade humana, sem
discriminações ou preconceitos.
Postado por José Morelli
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