quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Caminhos da segurança/insegurança

Os acontecimentos noticiosos estão aí e a mídia se encarrega de dar expressividade mais a uns que a outros. É ela que intermedeia as informações que nos chegam diariamente. As notícias (pela insistência e/ou emoção com que são revestidas) têm endereço certo e preciso: a sociedade em sua maior abrangência, a qual todos nós nos encontramos incluídos.  Interesses nunca deixam de estarem presentes nesse imenso jogo da informação. A opinião pública é uma tremenda força que pode ser instrumentalizada para a consecução dos mais diversos objetivos.

Papel fundamental em toda essa estória é dar nomes aos bois. Assim se comportam os que estão de um lado e os que estão do outro lado da notícia, não podemos nos esquecer disso. Por detrás dos nomes: “guerra”, “paz”, “terrorismo”, “amigo”, “inimigo”, “segurança”, “insegurança”, estão os fatos que servem como causa dos acontecimentos noticiados.   Nada é à toa, tudo tem sua razão de ser.

Da justiça a tendência é de que se desdobre justiça, assim como da injustiça a tendência é de que se desdobre mais injustiça. Há quem julgue que a vida no mundo ficaria desinteressante se não houvesse guerras. Elas seriam a mola propulsora do progresso. A humanidade ficaria estagnada sem o impacto dessa forte emoção. Para aqueles que pensam assim, a lógica é que pessoas, instituições, países, blocos continentais se equipem com cada vez mais sofisticadas armas bélicas, numa desenfreada corrida armamentista. Há quem leve vantagem com tudo isso, indubitavelmente.

Por outro lado, há quem julgue que não é o poder da força que deve prevalecer, mas a força do poder que se encontra no cerne da natureza humana, de cada indivíduo ou cidadão reconhecido em seus direitos e obrigações.   A propulsão do progresso não deve se fundamentar no exercício das guerras. O cuidado da vida do planeta é suficiente para dar à humanidade todo elã necessário para a propulsão do verdadeiro progresso. Ecologistas, médicos sem fronteiras, juízes e advogados que se dedicam à construção de justiças restaurativas sabem muito bem a importância desse tipo de visão da vida do mundo e das pessoas que fazem parte desta nossa sociedade humana, sem discriminações ou preconceitos.

Postado por José Morelli

 

 

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