sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Dentro - Fora

Seus nomes , começando pelo menor, são: mínimo; anular; médio; indicador e polegar. Numa versão mais infantil, podem também ser chamados de: minguinho; seu-vizinho; pai-de-todos; fura bolo e mata piolho. Nossos dedos nos servem de mil maneiras. Eles são os pontos mais avançados de nossas mãos e de nossos braços. Com eles, podemos segurar e soltar a uma instantânea ordem de nosso cérebro.

A engenharia com que funcionam não consegue ser imitada pelos robôs mais perfeitos. É admirável observar os dedos dos violinistas, quando tocam seu instrumento. A sensibilidade que têm na ponta de seus dedos, a rapidez com que os movimentam, as posições que conseguem e a coordenação entre os dedos de uma e de outra mão... Estas e outras habilidades, desenvolvidas por eles são, verdadeiramente, dignas de nossa maior admiração.

Uma consulta ao dicionário mostra como a imagem dos dedos se encontra presente em textos da literatura e no linguajar popular. Nossos dedos são sugestivos de muitas ideias. Com a ação deles podemos nos identificar: escolher a dedo é o mesmo que escolher com cuidado, com dedicação; cheio de dedos é o mesmo que confuso, atrapalhado; ter dedo é o mesmo que ser hábil, fazer com jeito; meter o dedo em tudo é o mesmo que intrometer-se ; não levantar um dedo é o mesmo que não fazer esforço algum; pôr o dedo na ferida é o mesmo que mexer no ponto mais grave da questão.

Costumam dizer algumas mães com mais filhos que estes são iguais aos dedos das mão, um diferente do outro; porém, todos se completam e formam um conjunto, cada um desempenhando e cumprindo seu papel, em vista à realização dos objetivos que têm as mãos, capitaneadas pela mente, sem dúvida.

As crianças, desde bem pequenas, mexem seus dedinhos. Existem várias brincadeiras que fazem uso das mãos e dos dedinhos das crianças. Com isso, elas vão formando referências, vão se encontrando e se descobrindo em seu coró e nas coisas que estão à sua volta, iniciando a longa série de aprendizados que a vida lhes reserva, dando-lhes nomes, assim como os dos dedos de suas espertas mãozinhas: minguinho; seu-vizinho; pai-de-todos; fura bolo e mata piolho, todos de fácil entendimento em suas práticas e posicionamentos.

Postado por José Morelli

 

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