quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

"Bendita água de torneira!"

Bem-dizer é o mesmo que falar bem de alguém ou de alguma coisa. Mais propriamente, é costume chamar de “água benta” aquelas porções de água que receberam uma bênção religiosa. Impondo a mão sobre elas, o sacerdote recita uma prece especial, cuja conclusão se dá com o sinal da cruz: ...“em nome Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Colocadas em pequenos recipientes junto às portas das igrejas, os fiéis molham nelas as pontas de seus dedos e traçam sobre si mesmos (testa, peito e ombros) o sinal da cruz.

A história da água, desde as fontes naturais até a torneira, acompanha o desenvolvimento da humanidade. As fontes foram inspiradoras dos encanamentos e das primeiras torneiras, ainda rudimentares. Poços, cisternas, águas correntes dos rios foram os meios através dos quais os seres humanos conseguiram água em condições de permitirem a obtenção dos objetivos de que necessitavam: beber, lavar-se e lavar, regar as plantas e outros.

Meu pai contava que, quando menino, tinha que buscar água numa fonte longe de sua casa. No inverno europeu, era penoso trazer, em grandes potes de barro, a água fria que em grande parte caía-lhe sobre os ombros. Dizia que, quando chegava em casa, já estava todo molhado!

Hoje, as cidades contam com equipamentos avançados para o abastecimento de água. Os reservatórios são imensos. A água, antes de ser servida nas residências, passa por um primoroso tratamento. Aqui em São Paulo, é adicionada uma quantidade de flúor, que ajuda na proteção dos dentes. Anos atrás, as crianças apresentavam muito mais cáries nos dentes do que hoje em dia.

Não é nem preciso falar do quanto a água é necessária para todos nós. Quantas vezes por dia nos aproximamos de alguma torneira para que dela nos sirvamos. Nem nos lembramos do caminho percorrido por aquela água, para que naquele momento pudéssemos tê-la ali, limpinha, prontinha para nos servir.

Sem que tenha recebido nenhuma bênção especial, a água da torneira de nosso dia a dia é bendita. É importante que nos conscientizemos do quanto nos beneficiamos com ela, do bem que ela nos proporciona. Um dia apenas que ela falte, faz com que sintamos o quanto ela nos é imprescindível. Portanto, que ela nos seja sempre: bendita! Que saibamos usá-la bem... assim, se soubermos respeitá-la, ela certamente não nos faltará!

Postado por José Morelli

   

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