Dialogar, trocar informações, comunicar-se, conversar. Conversamos com a vida constantemente. Ela nos fala através dos acontecimentos e nós respondemos às suas perguntas, da maneira como achamos melhor. Podemos concordar ou discordar de suas proposições ou maneiras como as coisas acontecem. Sentimo-nos, muitas vezes, acuados como num canto de parede e precisamos encontrar, em nossa cabeça e em nosso coração, alguma forma de restabelecermos nossa harmonia e integridade, conosco mesmos e com a vida que gira à nossa volta.
Se a vida nos
desafia com perguntas, o que dizer então da morte? Esta nos ameaça em todos os
momentos à semelhança da espada de Dâmocles, suspensa por um fio sobre nossas
cabeças. Do começo ao fim da vida, convivemos com pequenas e grandes perdas,
que não nos permitem mantermo-nos iludidos quanto à realidade da vida, com suas
possibilidades e suas limitações, no tempo e no espaço.
Dialogamos com a
vida através dos acontecimentos. O carnaval nos propõe que entreguemo-nos ao
prazer de brincar, de sonhar e de fantasiar.
Podemos ou não concordar com as maneiras como essa proposta nos é
apresentada, criando novas formas e propondo-as que se realizem, mesmo que seja
apenas no âmbito de familiares ou amigos.
Além de termos
que dialogar com as datas comemorativas, previstas no calendário, temos que
conviver também com a chuva de notícias que os meios de comunicação derrubam
sobre nossas cabeças. Estas nos chegam de algum jeito e atravessam nossas
vidas. Nosso ser inteiro responde aos estímulos que nos atingem. Precisamos de
força interior para fazer frente a tantos desafios. Só com uma personalidade
bem estruturada, apoiada em valores consistentes e firmes, é que somos capazes
de filtrar as informações, sem deixar-nos que estas nos desestruturem,
deixando-nos abalados ou paralisados.
Se formos firmes
em nossa identidade pessoal, reconhecendo-nos quem e como somos, saberemos
dialogar com a vida não nos deixando derrubar facilmente por ela. Pelo
contrário, conseguiremos nos fortalecer em nossos confrontos com ela,
afirmando-nos em nossos pontos fortes e diminuindo a vulnerabilidade de nossos
pontos fracos.
Postado por José Morelli
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