segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Percepção – conscientização

Sabemos que nosso corpo é dotado de excelentes instrumentos de percepção da realidade material, da qual também nós fazemos parte, compondo-nos num imenso todo. Nossos olhos, ouvidos, boca, nariz, mãos transmitem suas percepções ao nosso cérebro, através do sistema nervoso central, a fim de que nossa mente as processe como entendimento e as retenha como lembrança. Distinguimos dois momentos: o da percepção e o da conscientização.  As informações captadas pelos órgãos dos sentidos são muitas e simultâneas. Nosso cérebro não consegue processá-las de imediato, em sua totalidade.

Das muitas idéias contidas num livro, mesmo numa leitura atenta, apenas uma parte relativamente pequena é captada e integralizada pelo pensamento. O que pode ser encaixado a outras idéias já existentes, faz com que a compreensão da realidade se amplie ainda mais. Cada leitor capta de maneira diferente. Para uns são algumas idéias que chamam mais atenção, para outros são outras.

Parte das imagens desses flashes em comerciais, que a televisão mostra, embora não consigam ser conscientizadas na velocidade em que são apresentadas, ainda assim conseguem chegar, subliminarmente, a camadas inconscientes ou subconscientes de nossa mente, aí permanecendo até que sejam despertadas por alguma varinha mágica. Dependendo das circunstâncias que possam favorecer a emergência dessas imagens, estas podem vir à tona, influindo em nosso estado de ânimo e, consequentemente, em nossos comportamentos e tomadas de atitudes.

Com os sons, com os odores e sabores e com as sensações táteis acontecem processos semelhantes de apreensão subliminar das informações. Sendo assim, não temos idéia do que trazemos em nossas percepções e em nossa consciência. Como as idéias se associam e como elas se dissociam umas das outras. Quais sentimentos se desprendem dos conceitos que atribuímos a este ou aquele fato ou acontecimento. Nossos humores podem variar sem que saibamos o porquê. Carregamos, dentro de nós mesmos, armadilhas que podem nos surpreender quanto ao que esperávamos de nós, das reações que produzimos frente a situações esperadas ou inesperadas. Convivemos com a incerteza. 

Postado por José Morelli

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