segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O teste do dinheiro

 Para que um teste possa ser adotado, oficialmente, como instrumento de avaliação psicológica é necessário que o mesmo passe por um processo sofisticado de estudos, pesquisas e comprovações. No caso do “teste do dinheiro” a que me refiro neste texto, não o entendo como um instrumento científico; mas, simplesmente, como uma forma de abrir a mente no sentido de alargar seu alcance de compreensão e de entendimento.

O dinheiro é o meio de trocas com a maior liquidez; isto é: ele tem a capacidade de se transformar, instantaneamente, naquilo que se deseja conseguir. Os simbolismos do dinheiro são, portanto, associados à maior parte dos bens materiais a que ele é capaz de ter acesso. Nem sempre quando se diz que amizade e amor não se compram, essa frase é dita com total convicção. Exemplos não faltam que demonstram quantos e quantas foram iludidos com tal crença.

O dinheiro é significativo tanto quando ele sobra como quando ele falta. Dentro dos sistemas vigentes, ele é praticamente indispensável correndo na mão. Na contramão, estariam as outras formas de trocas, conotadas como apropriadas não aos fortes e competentes; mas aos mais débeis e idealistas sentimentais. 

O dinheiro serve a manipulações. Dada a importância que ele tem adquirido na macroeconomia mundial, seu poder tem se tornado tirânico de vida ou de morte. As estratégias de manipulação vêm de cima, desdobrando-se até chegarem às bases sociais. Seria ingenuidade pensar que não é assim. Quem tem a faca e o queijo na mão é quem o divide ou não com os outros.

O dinheiro se constitui como estímulo que induz respostas concretas e posicionamentos. Sendo assim, o dinheiro (presente ou ausente) não deixa de servir a cada cidadão ou cidadã como um teste capaz de revelar, circunstancialmente, a personalidade (aquele conjunto de valores e contra valores que norteiam a existência da cada indivíduo).

Postado por José Morelli

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