sábado, 9 de dezembro de 2023

Momentos mágicos

 Ainda em clima de olimpíadas e de paraolimpíadas Rio 2016, acompanhamos mais uma semana de competições entre atletas que se apresentam com alguma deficiência física ou mental/neurológica. Diferentemente das olímpicas, as competições paraolímpicas vêm sendo transmitidas, apenas, por uma emissora de televisão aberta: a TV-Brasil. No entanto, para quem esses eventos pudessem parecer desinteressantes, a opinião de várias pessoas que tenho ouvido não coincide com a daqueles que desacreditaram no interesse que as mesmas estão despertando.

Tanto os momentos das competições como os das premiações têm se apresentado com uma mescla de magia e de enlevo/sublimidade. Fazendo jus às origens gregas, as subidas aos pódios têm obedecido aos devidos rituais. O templo existente no monte Olimpo dedicado a Zeus era considerado a morada dos deuses. Os pódios possuem um quê de sagrado, uma espécie de altar da Pátria. Os ganhadores de medalhas de ouro, ao ouvirem o hino de seus países, dificilmente não se emocionam e emocionam.

Na medida em que as vistas e as mentes vão se acostumando de verem e de entenderem os atletas e as atletas, com suas deficiências expostas, estas vão deixando de chamar tanta atenção evidenciando-se, no lugar delas, a força e a técnica de pessoas agigantadas com corpos e mentes densos de energia e de garra. Sem a pretensão de usurparem o pódio de Zeus, esses vencedores ascendem à imortalidade – com seus feitos incluídos nos registros olímpicos. Saboreiam, assim, do néctar da glória servido aos deuses, representado pelas medalhas de bronze, prata ou ouro e pelo reconhecimento manifesto no aplauso do público.

As Olimpíadas e as Paraolimpíadas têm se constituído como um legado cultural daqueles que acreditaram e apostaram em nosso país e em nossa gente. Quantos e quantos ensinamentos condensados em momentos tão breves de tempo. O compartilhamento de tantos países e tantas culturas serve como exemplo para outras formas de relacionamentos pacíficos e proativos no âmbito local e mundial, possíveis entre iguais e diferentes.

Postado por José Morelli

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