quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Filosofia da fotografia

Mesmo que a filosofia, em seu sentido literal e próprio, seja um atributo reservado apenas à capacidade intelectiva da mente humana; acredito que, em sentido simbólico, essa mesma palavra possa, também, ser atribuída à fotografia.  Quem lê um livro de filosofia apreende seu conteúdo filosófico. Quem capta, com os olhos, uma imagem fotográfica, de forma semelhante, tem condições de apreendê-la e de remetê-la ao cérebro em sua total abrangência.

As duas palavras: filosofia e fotografia são de origem grega. A primeira pode ser traduzida por: amor à sabedoria e, a segunda, por: escrita ou imagem produzida pela luz. Desde que uma imagem fotográfica não seja modificada por meio de artifícios que a façam alterarem suas formas, ela transmitirá com maior ou menor fidelidade o momento em que se deu sua tomada.

Ao fotografar, quem o faz estabelece um diálogo imediato com a realidade fotografada. Da mesma forma, as imagens retratadas dialogam com aqueles que as observam, dando-lhes a possibilidade de conversarem intimamente com o todo fotografado e com cada uma de suas partes, interpretando-as ao seu bel prazer. Os olhos captam as imagens enquanto que a mente vai aprofundando seus infindos entendimentos.

A facilidade com que, hoje, tantas e tantas pessoas podem retratar realidades através da fotografia, até mesmo mediante a utilização de celulares, tem democratizado esse diálogo da fotografia de maneira incomensurável. O mundo inteiro compartilha imagens fotográficas nas redes sociais principalmente. É inimaginável o quanto esses compartilhamentos podem contribuir dinamicamente para a construção de novos e novos entendimentos da realidade, tanto em benefício das pessoas como da sociedade em seu conjunto.

Postado por José Morelli

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