Quem nunca se percebeu, em algum
momento da vida, passando de um estado emocional bem humorado para outro, de
sensação contrária, merecedora de ser qualificada como de mau humor? As razões
dessa oscilação, muitas vezes, podem ser identificadas quase que
instantaneamente. Há acontecimentos que são como pedras em nosso caminho e nos
impedem que cheguemos ao objetivo almejado. Tais acontecimentos se configuram
como um perfeito “estraga prazer”.
Oscilações extremas como estas
também podem acontecer na direção do positivo. De repente, quando menos
esperamos, uma porta pode se abrir à nossa frente, dando-nos oportunidade de
chegarmos a lugares ainda mais promissores.
Enchemo-nos de satisfação e o nosso sentimento transita da depressão
para euforia.
As ideias, os conceitos, se
expressam através das palavras. Existem palavras de um único sentido e existem
palavras com mais de um sentido. Além disso, desde seus primeiros raciocínios,
nossa mente aprendeu a associar ideias umas com as outras. Nem sempre nos damos
conta desse mecanismo. Imperceptivelmente, relacionamos determinadas coisas com
acontecimentos que nos entristeceram.
Por mais que as flores possam ser
associadas a sentimentos positivos, é possível que, por circunstâncias
vivenciadas, alguma delas nos faça recordar momentos tristes. O simples sentir
o cheiro dessa flor pode fazer com que nosso humor se permeie com uma névoa de
tristeza. Este é apenas um exemplo. O mesmo pode acontecer com inúmeras outras
coisas. Pesquisando mais atentamente, poderemos descobrir de onde se originou a
oscilação de nosso humor.
Se nos encontramos mais firmes e estruturados
em nossa personalidade, permanecemos menos expostos a essas oscilações.
Mantemo-nos menos vulneráveis às ligações automáticas dos pensamentos com as
emoções que aos mesmos se associam. Os acontecimentos desafiadores que
enfrentamos em nosso dia a dia permitem que nos fortaleçamos em nosso caráter.
Construímo-nos com a soma de nossas vivências. Das idas e vindas, pelos mais
diversos caminhos trilhados, apropriamo-nos de nós mesmos, das outras pessoas
com quem interagimos e das coisas e acontecimentos com os quais nos
confrontamos.
Postado por José Morelli
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário