quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Oscilações do humor

Quem nunca se percebeu, em algum momento da vida, passando de um estado emocional bem humorado para outro, de sensação contrária, merecedora de ser qualificada como de mau humor? As razões dessa oscilação, muitas vezes, podem ser identificadas quase que instantaneamente. Há acontecimentos que são como pedras em nosso caminho e nos impedem que cheguemos ao objetivo almejado. Tais acontecimentos se configuram como um perfeito “estraga prazer”.

Oscilações extremas como estas também podem acontecer na direção do positivo. De repente, quando menos esperamos, uma porta pode se abrir à nossa frente, dando-nos oportunidade de chegarmos a lugares ainda mais promissores.  Enchemo-nos de satisfação e o nosso sentimento transita da depressão para euforia. 

As ideias, os conceitos, se expressam através das palavras. Existem palavras de um único sentido e existem palavras com mais de um sentido. Além disso, desde seus primeiros raciocínios, nossa mente aprendeu a associar ideias umas com as outras. Nem sempre nos damos conta desse mecanismo. Imperceptivelmente, relacionamos determinadas coisas com acontecimentos que nos entristeceram. 

Por mais que as flores possam ser associadas a sentimentos positivos, é possível que, por circunstâncias vivenciadas, alguma delas nos faça recordar momentos tristes. O simples sentir o cheiro dessa flor pode fazer com que nosso humor se permeie com uma névoa de tristeza. Este é apenas um exemplo. O mesmo pode acontecer com inúmeras outras coisas. Pesquisando mais atentamente, poderemos descobrir de onde se originou a oscilação de nosso humor.

Se nos encontramos mais firmes e estruturados em nossa personalidade, permanecemos menos expostos a essas oscilações. Mantemo-nos menos vulneráveis às ligações automáticas dos pensamentos com as emoções que aos mesmos se associam. Os acontecimentos desafiadores que enfrentamos em nosso dia a dia permitem que nos fortaleçamos em nosso caráter. Construímo-nos com a soma de nossas vivências. Das idas e vindas, pelos mais diversos caminhos trilhados, apropriamo-nos de nós mesmos, das outras pessoas com quem interagimos e das coisas e acontecimentos com os quais nos confrontamos.

Postado por José Morelli

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