segunda-feira, 22 de abril de 2019

Policiar-se

O que é policiar-se?... É fazer o papel de polícia consigo mesmo, é ficar no próprio pé, cuidando para não prejudicar-se. Alguns exemplos: policiar-se para não responder a provocações, desnecessariamente; policiar-se para não se exceder na bebida; policiar-se para não se deixar levar por pensamentos e idéias negativas; policiar-se para não dizer palavrões; policiar-se para não tratar mal a quem mais ama; policiar-se para controlar a própria ansiedade; policiar-se para que o sentimento de culpa não domine os pensamentos e sentimentos, detonando o próprio bem estar e felicidade.

Precisamos das duas coisas: da contenção e da expansão. Conhecendo-nos bem, saberemos reconhecer o que, em nós, precisa ser contido e o que precisa ser expandido. De acordo com os objetivos a que nos propomos, precisamos adequar nossas maneiras de ser e de agir. Cada nova experiência de vida possibilita-nos descobertas a respeito de nós mesmos. Somamos informações. 

Construímos nossa própria imagem, com a qual vamos nos identificando. Este é um processo de crescimento pessoal. Da interação que temos com os outros e com o meio em que nos encontramos, vivenciamos experiências que nos ajudam a crescer socialmente. Trazemos forças dentro de nós. 

Precisamos orientar essas forças na direção que desejamos. Quando nos policiamos estamos nos contendo. Esta contenção, no entanto, entendida no conjunto de nossas aspirações, não é negativa, mas positiva. Visa adequar-nos para que estejamos aptos a atingir nossos principais objetivos na vida. Não nos mutilamos com ela. Contabilizamo-la como ganho e não como perda.

Em nossos relacionamentos familiares, mantemos vínculo com as pessoas que nos são mais próximas. Toda família também tem seus objetivos. Desses objetivos cada um participa à sua maneira. Desde crianças até adultos mais velhos, todos precisam aprender a se policiar, para que possam colaborar na consecução dos objetivos do grupo. Valorizando o grupo e seus objetivos, as restrições individuais não serão vistas nem sentidas como perdas. Representarão a parcela de contribuição de cada um para o bem da família e do grupo social a que pertencem, em suas necessidades mais abrangentes.

Nas relações que mantemos com nosso meio social, percebemos também a necessidade de nos desenvolvermos, expandindo-nos e contendo-nos - policiando-nos - de acordo as exigências do momento e das circunstâncias, em que nos encontramos.

Postado por José Morelli


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