segunda-feira, 8 de abril de 2019

Intuição

A palavra intuição é originária do latim: into-ire. Into é dentro. Intoire é ir para dentro, penetrar no âmago da questão, alcançar a essência do conhecimento de alguma coisa, sua razão primeira ou, como é usual no campo da farmacologia, seu princípio ativo. O dicionário do Silveira Bueno diz que “intuição” é o mesmo que “percepção clara, reta e imediata de verdades, sem necessidade de intervenção do raciocínio”.

É o que costumam dizer e a experiência parece confirmar que as mulheres são mais intuitivas que os homens. É provável que elas tenham desenvolvido essa capacidade, em função das exigências da maternidade: os meses que trazem o filho no seio e os primeiros cuidados com o bebê, além da dedicação à casa e à família, por gerações e gerações, funcionaram como condicionantes, natural e cultural, que as ajudaram e ajudam no aperfeiçoamento deste dom humano.

A intuição não é reconhecida como capaz de garantir cientificamente uma verdade, que se possa aplicar de casos particulares para o geral. Por isso, no campo científico, a intuição não goza do mesmo status da razão, do raciocínio. No entanto, sabemos que a intuição participou de muitas descobertas científicas. Não foram poucos os pesquisadores e cientistas que partiram de uma primeira intuição e, depois, conseguiram comprová-la, utilizando-se dos métodos científicos racionais.

Qualquer pessoa pode ter intuições, independentemente de sua escolaridade. A intuição é de suma importância na resolução de grande parte dos problemas do dia-a-dia. O interesse, o amor, a experiência da vida e a inteligência ajudam a intuição a encontrar respostas e caminhos a seguir. Não importa que as verdades, assim conseguidas, não gozem do status de serem científicas, elas se aplicam a situações imediatas e isso é o que vale.

Acreditar na própria capacidade de intuir, percebendo e construindo as próprias lógicas de pensamentos, de maneira clara, correta e imediata é um motivo de segurança na vida, um reforço positivo à autovalorização e à autoestima. Exercitar-se nessa capacidade faz com que ela se aprimore sempre mais.

Todo bom profissional precisa saber se utilizar tanto dos conhecimentos de sua área de atuação, como de sua intuição. Conhecimento, capacidade de raciocínio e intuição são fontes que convergem para um mesmo ponto. O resultado é o melhor possível. Na prática psicológica, o concurso desses fatores é de fundamental importância para garantia dos bons resultados, seja qual for a linha teórica adotada pelo profissional da área.

Postado por José Morelli

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