sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O Jogo do Afeto

Afeto é um afago, um carinho, uma atenção, uma amizade, um amor. Pode ser manifestado de muitas maneiras por homens e mulheres. Existem maneiras mais masculinas de dar e receber afeto e maneiras mais femininas de manifestá-lo ao dar e ao receber. Desde os primeiros  momentos da vida, o jogo do afeto começa a ser praticado pelos bebês. Ao terem atendidas suas necessidades básicas de sobrevivência, o recém-nascido já estabelece suas primeiras trocas afetivas.

A falta de afeto, nessa fase da vida, deixará marcas profundas na pessoa, como vem sendo confirmado através de muitas pesquisas. O afeto é importante, também, na fase da adolescência, quando o jogo se amplia, expandindo-se para além dos limites domésticos, desafiando o adolescente a conquistar novos ambientes, novas aceitações. 

O sucesso, na aprendizagem escolar, não depende somente da capacidade intelectual. As relações afetivas, também, podem facilitar ou dificultar a aprendizagem. Um professor dedicado e atento pode contribuir positivamente no interesse dos alunos pela matéria que ensina. O contrário também acontece. Um professor antipático dificulta o aprendizado do que transmite. O afeto nasce dos pensamentos e dos sentimentos. Destes, como de um copo cheio, o afeto transborda para o corpo todo: para os olhos, para a boca, para os gestos,... O afeto é gratificante para quem o dá e é gratificante para quem o recebe. 

Mesmo quando é expresso através de atitudes ou palavras mais duras, desde que verdadeiras e plenas de interesse pelo bem da pessoa, a quem são dirigidas. Ainda assim, o afeto não deixa de ser gratificante, se não for no momento em que é expresso, o será em outro, algum tempo depois, quando o sentido daquilo que se fez ou se disse, poderá ser visto e compreendido melhor, com mais amplitude e objetividade.

O afeto está na vida das pessoas e na natureza. Esta última foi constituída para brindar as pessoas com carinho. Dela provém além do necessário, para que homens e mulheres possam viver com saúde e felicidade. Uma roseira, com a beleza de sua flor e a agudeza de seus espinhos, resume a autenticidade da natureza, na forma como ela costuma se apresentar: dando-nos a flor, mas cuidando de se proteger, espetando com seus espinhos, as mãos de quem se aproxima sem o devido cuidado e atenção.

Postado por José Morelli


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