Afeto é um afago, um
carinho, uma atenção, uma amizade, um amor. Pode ser manifestado de muitas
maneiras por homens e mulheres. Existem maneiras mais masculinas de dar e
receber afeto e maneiras mais femininas de manifestá-lo ao dar e ao receber.
Desde os primeiros momentos da vida, o
jogo do afeto começa a ser praticado pelos bebês. Ao terem atendidas suas
necessidades básicas de sobrevivência, o recém-nascido já estabelece suas
primeiras trocas afetivas.
A falta de afeto, nessa
fase da vida, deixará marcas profundas na pessoa, como vem sendo confirmado
através de muitas pesquisas. O afeto é importante, também, na fase da
adolescência, quando o jogo se amplia, expandindo-se para além dos limites
domésticos, desafiando o adolescente a conquistar novos ambientes, novas
aceitações.
O sucesso, na aprendizagem escolar, não depende somente da
capacidade intelectual. As relações afetivas, também, podem facilitar ou
dificultar a aprendizagem. Um professor dedicado e atento pode contribuir
positivamente no interesse dos alunos pela matéria que ensina. O contrário
também acontece. Um professor antipático dificulta o aprendizado do que transmite. O afeto nasce dos pensamentos e dos sentimentos. Destes, como de um
copo cheio, o afeto transborda para o corpo todo: para os olhos, para a boca,
para os gestos,... O afeto é gratificante para quem o dá e é gratificante para
quem o recebe.
Mesmo quando é expresso através de atitudes ou palavras mais
duras, desde que verdadeiras e plenas de interesse pelo bem da pessoa, a quem
são dirigidas. Ainda assim, o afeto não deixa de ser gratificante, se não for
no momento em que é expresso, o será em outro, algum tempo depois, quando o
sentido daquilo que se fez ou se disse, poderá ser visto e compreendido melhor,
com mais amplitude e objetividade.
O afeto está na vida das
pessoas e na natureza. Esta última foi constituída para brindar as pessoas com
carinho. Dela provém além do necessário, para que homens e mulheres possam
viver com saúde e felicidade. Uma roseira, com a beleza de sua flor e a agudeza
de seus espinhos, resume a autenticidade da natureza, na forma como ela costuma
se apresentar: dando-nos a flor, mas cuidando de se proteger, espetando com
seus espinhos, as mãos de quem se aproxima sem o devido cuidado e atenção.
Postado por José Morelli
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