O dicionário “Aurélio”
diz que fobia vem da raiz de uma palavra grega, cujo sentido é temer. O
termo fobia é utilizado para designar diversas espécies de medo mórbido: horror
instintivo a alguma coisa; aversão
irreprimível. O número de fobias é quase infinito. Os
dicionários médicos assinalam muitas centenas. O medo de altura, por exemplo, é
chamado de acrofobia; claustrofobia é o medo de estar em lugares fechados, como elevadores, casa que tem uma
única porta, banheiros, etc.; agorafobia é o medo angustiante de lugares públicos e
grandes espaços descobertos; é também, uma fobia a aversão por estar no meio de
muita gente, o medo exagerado de chuvas fortes ou de se distanciar da própria
casa e de pessoas em quem acredita dar-lhe segurança.
Muitas vezes, as
próprias pessoas fóbicas percebem, que não existe proporção entre o que sentem
e o que dizem provocar-lhes medo tão incontrolável. Percebem que o mesmo não
acontece com a maioria das outras pessoas. Isso faz com que se sintam
constrangidas, não conseguindo se justificar
perante si mesmas e perante os outros. Sentem-se envergonhadas e
diminuídas, solitárias em seu sofrimento, não acreditando que possam contar com
a solidariedade e compreensão sincera de ninguém.
A maior parte das fobias
têm origem em experiências traumáticas vivenciadas, quase sempre, na infância.
Essas experiências ficam no inconsciente, como que esquecidas. A dificuldade de
lembrá-las é causada por um mecanismo de repressão e de defesa. Vergonha e
culpa ficaram intimamente associadas a essas experiências, dificultando-as de
tê-las de volta à consciência. Mesmo incomodando, o medo fóbico serve como
defesa. É preferível conviver com ele, do que
enfrentar a conscientização da experiência traumática que lhe deu
origem.
Acontece, às vezes, de o
objeto da fobia mascarar outros conflitos, existentes na pessoa. Nestes casos,
é preciso decifrá-lo para entendê-lo. O objeto fóbico teria alguma proximidade
simbólica com o que verdadeiramente causa a fobia. O medo de facas, por
exemplo, pode simbolizar o desejo inconsciente e reprimido de liberar o ódio e
a agressividade contra o irmãozinho menor, que veio roubar-lhe a exclusividade
do afeto, monopolizando a atenção de todos.
Postado por José Morelli
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