Consta da história que, o Padre Jacinto Nunes de Siqueira que havia mandado construir a primitiva Igreja de Nossa Senhora da Penha, em data anterior a 11 de fevereiro de 1667, deixou-lhe em testamento vários bens em terras, bois e vacas, bem como escravos índios e negros. Dentre estes, o negro Felipe e sua esposa e filhos. Eles se destinavam ao cuidado da Igreja afim de que esta pudesse se manter e prosperar em sua missão junto ao povo de toda região.
Não consta da história da Penha que
existisse qualquer discriminação quanto à entrada na Igreja e na participação
de negros escravizados nas cerimônias. A proximidade em que viviam da Igreja
deve ter ajudado esses negros a tomarem a iniciativa de formarem uma Irmandade.
Foi então que, quando do surgimento da Irmandade dos Homens Pretos já em 1755 e
a construção da Igreja por ela promovida, dedicada a Nossa Senhora do Rosário,
esta não surgisse com o intuito de separar
mas de somar e de agregar a todos sem qualquer distinção.
Desde seus primeiros anos, o Rosário vivenciou sua missão de ser
testemunha histórica da solidariedade no sofrimento, proporcionando um lugar
digno onde os negros pudessem enterrar seus mortos. Em toda sua existência de
mais de 200 anos, a Igreja do Rosário da Penha tem servido à sua missão de
caridade no atendimento a necessidades sociais do povo.
Esta Igreja que, no dia 19 de setembro
acolheu o Padre Henúbio, como responsável pela missão de conduzir suas
manifestações religiosas e culturais, tem muito a agradecer a seus
idealizadores e construtores já falecidos e por todos os que ainda vivem e têm
cooperado para que esta Igreja permaneça ativa em suas funções, cumprindo sua
missão própria e expressando sua fé e religiosidade, agregando a todos
independentemente de suas diferenças culturais: Monsenhor Calazans que promoveu
sua reforma em
Postado por José Morelli
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