sábado, 25 de novembro de 2017

Somos todos paradigmáticos

O que quero dizer com isso? – Quero dizer que todos, sem exceção, cada um de nós ocupa, do lugar em que se encontra, seja socialmente, seja economicamente, seja intelectual e religiosamente ou pelas demais particularidades que envolvem o próprio existir, serve como referência, como termo de comparação para o entendimento e leitura do imenso quebra-cabeça que é a realidade dos caminhos históricos, que a humanidade em seu todo vem construindo neste seu momento de existência.

Todo caminho trilhado é antecedido de uma intencionalidade que o orientou e o orienta para esta ou para aquela direção. As visões de entendimentos de cada indivíduo compõem o pensamento mais amplo dos diversos grupos aos quais estes se entendem pertencerem. É a predominância dos pensamentos comunitários que pode influenciar nas novas direções a serem impressas no futuro que está por vir.

Quando ouvimos o Papa Francisco dizer que a Igreja Católica tem que ser pobre com os pobres e, ele mesmo dá seu exemplo pessoal de se voltar para os pobres se aproximando deles nos lugares onde se encontram, ele cumpre seu papel de ser o guia espiritual de todos os católicos cristãos, que se consideram seguidores de Jesus e de seu Evangelho.

Ao se aproximarem e se sensibilizarem com os mais pobres e desprovidos, os cristãos católicos ou não católicos se darão oportunidade de terem um olhar diferente. A vida em seu conjunto passará a ser entendida sob outra perspectiva. Novos rumos poderão ser dados ao que vem sendo entendido como desenvolvimento e progresso. A realidade apreendida a partir do prisma da riqueza e dos ricos não coincide com a daqueles a quem falta até mesmo o indispensável para poderem viver com um mínimo de dignidade humana.

O Papa vem insistindo que a Igreja saia de sua zona de conforto e se volte àqueles que vivem marginalizados da sociedade. A coragem necessária para essa saída pode ser o começo do começo da construção de uma nova humanidade, menos esquizofrênica e violenta, sem necessidade de tanto antagonismo e de tantos mecanismos de truculência e força para mantê-la subjugada e controlada. 

Postado por José Morelli

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