A Terra gravita em torno do Sol,
enquanto que a Lua gravita em torno da Terra. O verbo gravitar possui a mesma
raiz da palavra gravidade. Lei da gravidade é a que rege a atração existente
entre os astros e as estrelas. Por conta da gravidade é que se formam as
grandes constelações, fazendo com que se mantenham em seus próprios formatos e,
pelos quais, elas podem ser identificadas. Assim, é que são reconhecidas as
constelações de Áries, Escorpião, Capricórnio e outras. A força de atração de
cada astro é relativa à sua quantidade de massa. Quanto maior a quantidade
desta, maior será sua força de atração. De maneira geral, astros menores
gravitam em torno de astros maiores e não ao contrário. Aonde vai o maior, o
menor acompanha.
Pelo que se pode observar, astros
giram em torno uns dos outros. E as pessoas fazem o mesmo, gravitando,
repetindo os mesmos movimentos em torno das mesmas coisas... Pode-se observar,
também, que as pessoas, por costume ou acomodação, deixam-se atrair,
permanecendo voltadas sempre para os mesmos focos de interesses. À semelhança
dos astros e estrelas, pessoas, instituições, objetos, obrigações, alguns tipos
de atividades, como o esporte, a leitura e outros exercem atração sobre os
indivíduos, levando-os a concentrarem suas atenções, consumindo-os em suas
energias.
Em algumas situações, crianças
pequenas se grudam à saia da mãe, não querendo desgrudar de maneira alguma. Aonde
ela vai, a criança vai junto. Quando existe algum perigo, quem procura a
criança para protegê-la, não a deixando nem por um segundo, é a mãe. Nesses
casos, a busca de maior segurança é a força de atração entre mãe e criança. A
insegurança frente ao novo é um dos fatores que mantém as pessoas gravitando quase
sempre em torno das mesmas coisas e das mesmas pessoas.
Existem aqueles que giram quase
que exclusivamente em torno das novelas da televisão, dos noticiários, do ócio,
dos afazeres domésticos, do trabalho, de algum vício, do futebol, do namorado
ou namorara, do filho ou filha... Esquecem-se de si mesmos, de que têm vida
própria, de que não são apenas satélites de algum outro astro maior, mas que
podem ser mais livres, permitindo-se explorar outros espaços ainda não percorridos.
Postado por José Morelli
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