sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Levar-se à sério

Se eu não me levo à sério, como posso esperar que os outros façam o mesmo comigo?... Levo-me à sério quando me dou valor e importância pelo que sou e pelo que faço, seja considerado grande ou pequeno. Aliás, como diz a sabedoria oriental: um quilômetro é feito de mil passos. Cada um deles tem a sua fundamental importância na construção do objetivo da caminhada, em sua totalidade.

Primeiramente, devo me levar à sério pelo que sou; em seguida, pelo que penso e, por último, pelo que sinto. Essa é uma tarefa que começa em meu juízo e em meu pensamento e que se reflete, instantaneamente, em minhas sensações e sentimentos. Sou quem sou e como sou. Levo-me à sério aceitando-me em minha realidade tal qual é. Levo-me à sério assimilando as experiências que vivo a cada momento. De cada experiência vivenciada sempre alguma nova constatação vem se somar aos meus saberes. Surpresas fazem parte da trajetória: desafios a serem superados e transpostos.

Levo-me à sério nas trocas que estabeleço com os outros em minhas interações. Tais trocas começam dentro de mim. Trago, de mim mesmo e dos outros, imagens mentais que me servem à preparação de como devo agir nas diversas circunstâncias.  Dependendo de como são essas imagens mentais, adoto posturas de ataque ou de defesa, destrutivas ou proativas.

Levo-me à sério nas palavras que pronuncio, nas atitudes que tomo ou deixo de tomar. Cada sílaba pronunciada tem sua devida importância. Cada gesto, por mais simples que seja, não deixa de compor um conjunto expressivo de uma atitude a ser tomada. Nas brincadeiras, o faz de conta é inerente às ações que delas fazem parte. Na vida real, no entanto, é exigido um foco mais preciso, mais objetivo e coerente com a seriedade e veracidade dos fatos e acontecimentos.

Levar-se à sério exige reciprocidade de respeito da parte dos interlocutores. É imensamente nocivo que nos induzam a fim de nos confundirem. Tratando-nos como se fôssemos de faz de conta (de mentirinha), à semelhança do acontece com as novelas, apresentadas como se fossem notícias e com as notícias, apresentadas como se fossem novelas.

Postado por José Morelli

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