Antes da descoberta da lâmpada
elétrica, desde tempos remotos, a vela (ou candeia) vem sendo utilizada como
fonte de luz. Constituída por um pavio inserido num combustível sólido,
tipicamente conhecido pelo nome de parafina, à vela podem ser atribuídos vários
significados ou simbolismos, tanto pelo que ela é em sua constituição material como
em sua funcionalidade.
Como elemento decorativo, hoje,
existe no mercado uma quantidade muito grande de velas que, pelo formato,
material utilizado, coloração, propriedade odorífica, permite sua utilização em
situações diferenciadas, compondo harmoniosamente com os acontecimentos a serem
celebrados e com os lugares nos quais são dispostas.
Do ponto de vista religioso, a
vela serve à representação de realidades, cujos significados transcendem às
dimensões da ordem física. No último domingo, na celebração presidida pelo
Eduardo na Capela do Esportivo da Penha, por exemplo, a chama acesa de uma vela
serviu para atear fogo a pequenos papeis brancos, nos quais estavam escritos
nomes de pessoas falecidas. Enquanto sofriam a ação do fogo, os papeis se
transmutaram em fumaça, que foi se elevando para o alto, imagens expressivas de
realidades que transcendem àquilo que ultrapassa a capacidade de percepção dos
nossos cinco sentidos.
Outra propriedade da vela é a de
iluminar. A luz da vela pode significar a própria luz de Deus, que veio e vem
constantemente ao mundo para iluminar a caminhada humana. De forma semelhante,
a vela acesa também pode representar a fé que habita a mente e o coração do
fiel, servindo-lhe como meio de expressão em rituais públicos ou individuais.
A chama pode ser passada de uma vela
para outra vela. Mesmo que a oração termine, esta pode continuar acesa
representando uma presença que precisou ser interrompida. Enquanto o fogo
queima, produzindo luz e calor, a cera vai pouco a pouco abastecendo com sua
energia a chama ardente. O fogo é, também, universalmente associado à força do
amor seja ele humano ou divino/sobrenatural.
Postado por José Morelli
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