terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Unidade na diversidade

Nem sempre os caminhos aparentemente mais fáceis são os melhores a serem seguidos. Um grupo que consegue reunir pessoas com características de personalidade e de formação diferenciadas é, potencialmente, mais capaz de conseguir melhores resultados, que atendam às necessidades e anseios da maior parte de seus membros.

No convívio familiar, aprender a conviver com as diferenças nas maneiras de pensar, de sentir e de agir, próprias de cada componente do grupo, interagindo de forma proativa e sabendo dar a oportunidade de que manifestem suas idéias e vontades, é garantia de maior satisfação e progresso pessoal e grupal.
As leis da matéria são intransigentes: dois corpos não podem, num mesmo momento, ocupar o mesmo lugar no espaço. A vida humana, no entanto, não se constitui apenas de matéria. A fixação nesta, ao mesmo tempo em que pode servir de base e suporte à ação é, também, fator de impedimento e limitação à mobilidade e a avanços em mais e melhores direções.

A sociedade humana se apresenta de forma heterogênea, isto é: as pessoas nascem e se desenvolvem com traços de personalidade bastante diferenciados entre umas e outras. As idéias de fabricação de humanos em laboratório, produzidos a partir de programas de computador, de modo a que indivíduos e grupos sejam utilizados para a execução de tarefas específicas, parece ser mais uma utopia maluca, criada faz algumas décadas por mentalidades inseguras e paranoicas.

O ensinamento de que homens e mulheres sejam dotados de livre arbítrio evidencia a coragem d’Aquele que foi e é o responsável por assim constituí-los. Para se garantirem do poder, os que o detêm no mundo se mostram intolerantes com os que se lhes apresentam como diferenciados. Sentem-se ameaçados por aqueles que não se mostram como sendo às suas imagens e semelhanças. Fazem, destes, inimigos em potencial pelo simples fato de existirem. Através da força física e das armas buscam o controle social, apostando e fomentando o medo como meio para atingir esse controle. Não acreditam no desenvolvimento da inteligência e da mente livre. Esta é vista e sentida como um risco diante do qual a humanidade não pode e não deve se expor.

A proposta de se buscar a unidade na diversidade é o caminho de mão certa para todos os grupos, desde o familiar até o das grandes potências mundiais em suas relações entre si e com as múltiplas sociedades, por mais diferenciadas que se apresentem em suas maneiras de pensar, de ser e de agir.  

Por José Morelli 

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