Neste final de semana, como manda a tradição, os festejos do Rosário da Penha serão encerrados com a solene retirada do mastro. Depois de um mês inteiro de eventos culturais e religiosos, cuidadosamente preparados pela Comissão de Festa, com início previsto para as 10 horas da manhã, do domingo, o descerramento do mastro será precedido pela celebração eucarística, animada com elementos de cultura afro e realizada no interior da igreja.
A comissão
organizadora, formada por representantes da comunidade e por outros coletivos:
membros da pastoral afro da Paróquia Jesus Adolescente de Vila Dalila e do
Movimento Cultural Penha, vem se esforçando para fazer da festa, em seu todo,
um tempo forte de cidadania e de fé.
O objetivo tem
sido o de sensibilizar e de conscientizar a todos os participantes da festa para
a expressividade de um importante patrimônio histórico da cidade: a Igreja de
Nossa Senhora do Rosário, tombada pelos órgãos de preservação de patrimônio, tanto
do Estado como da Prefeitura. As taipas de suas paredes testemunham a presença
histórica, na cidade de São Paulo e no bairro da Penha, dos membros da antiga
Irmandade dos Homens Pretos da Penha de França, que a construíram e de seus
sucessores, que a mantiveram em seus mais de duzentos anos de existência.
A cidadania
supõe conhecimento e reconhecimento. Daí o esforço de trazer para a festa
grupos culturais e de religiosidade popular, ligados à devoção a Nossa Senhora
do Rosário, existente em tantos outros recantos do território brasileiro, bem
como a São Benedito e a outros santos e santas de origem africana.
A riqueza cultural desses grupos populares se manifesta através do conteúdo poético das letras de suas músicas, no vigor das batidas dos tambores e nas danças e evoluções que desenvolvem. O tema escolhido da Festa de 2016 contemplou a criança: “Há uma criança em meu coração, quando balanço ela me dá a mão”. Esse tema ensejou reflexões que podem levar a tomadas de atitudes fundamentais, no sentido da valorização do brincar e do cuidar tanto da criança interna como daquelas que vivem a infância, no momento presente, necessitando de proteções e atenções que as preparem para o futuro.
Postado por José Morelli
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