Medo, insegurança, intenções
escusas, presunção de superioridade dificultam os indivíduos de tirarem melhor
proveito de suas trocas de ideias. Para se levar à frente uma sadia discussão é
preciso certa maturidade emocional. Assuntos sem grande importância, que não
levam a nada, não merecem ser discutidos. Assuntos importantes, porém, precisam
passar pelo teste de boas conversas que ajudem a um melhor discernimento de suas
razões e fundamentos.
O momento atual de crise
institucionalizada, que atinge não só os países em suas organizações internas e
as maneiras como estabelecem suas trocas comerciais, fortemente pressionadas
pelo grande capital e por poderosas instituições globalizadas, oferece importantes
questões para serem discutidas pelos políticos e pelo povo em geral, elo mais
vulnerável de toda a corrente social. São justamente as diferenças de pontos de
vista que tornam as discussões mais ricas. A coragem de expor os próprios
pensamentos com a maior clareza e honestidade e de saber ouvir e avaliar os
pensamentos dos outros é o que pode garantir, a todos, escolhas mais
criteriosas e que atendam às suas necessidades básicas. Querer somente falar e
não ouvir é presunção e autoritarismo, indício de imaturidade e insegurança
pessoal.
Que a oportunidade que nos oferece o atual momento histórico nos ajude a aprimorar-nos na arte de saber discutir. A democracia, em sua essência, parte do pressuposto da igualdade de direitos. Mesmo que tentem “jogar areia nos olhos do povo”, o cidadão ou cidadã deve se mostrar consciente do que pensa e quer, instrumentalizando-se de tudo o que pode ajudá-lo para melhor uso de sua consciência. É da justiça que provem a paz e a harmonia entre todos e todas.
Postado por José Morelli
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