Sem deixarmos de nos entender, a nós seres humanos, como fazendo parte da natureza em seu conjunto, nosso diálogo com o ambiente que nos cerca se dá constantemente, ininterruptamente, desde o momento em que cada um de nós começou a existir.
Dialogar é trocar mensagens, é
estabelecer relacionamentos que acarretam modificações nos interlocutores.
Dialogar é olhar para uma árvore florida e receber dela a imagem de suas formas
e cores. Dialogar é pisar o chão com os pés e ter, a partir dele, o apoio para
impulso de direcioná-los para a direção que quisermos. Dialogar é trocar com o
calor, com o frio, com a chuva e com o ar úmido ou seco. Dialogar é fazer-nos
entender e entender, chegando a denominadores comuns.
A natureza em sua imensidão é de
todos e para todos. O diálogo é individual e coletivo. É uma tarefa que
necessita de múltiplos e bem intencionados olhares. A água, os recursos
hídricos que abastecem (ou deveriam abastecer) os reservatórios das cidades, em
seu diálogo indispensável, fala e ouve com as populações e seus governantes.
Dialogar com a água é entendê-la em suas abrangências e em suas
particularidades.
Desde às 5:20 horas do dia de
hoje (23 de setembro), a estação da primavera aportou em nosso hemisfério sul.
A força da natureza ainda tem encontrado meios de se manifestar, mostrando-se
mediante algumas de suas mais lindas expressões. É com flores de múltiplas
cores e formas que a natureza nos convida a estabelecermos com ela um
construtivo diálogo.
Um ensinamento oriental diz o
seguinte: “Deus sempre perdoa, os homens às vezes e a natureza nunca”. O abuso
no uso das tecnologias anda desviando os olhares daquilo que é mais fundamental
e necessário. Quantos tropicões a fixação nos celulares já provocaram em tantos
e tantas?... Que eles possam servir como alertas para que nosso diálogo com a
natureza se construa sem que a partir dele precisemos amargar perdas
irreversíveis.
Postado por José Morelli
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