sexta-feira, 1 de abril de 2022

Dialogar com a natureza

 Sem deixarmos de nos entender, a nós seres humanos, como fazendo parte da natureza em seu conjunto, nosso diálogo com o ambiente que nos cerca se dá constantemente, ininterruptamente, desde o momento em que cada um de nós começou a existir.

Dialogar é trocar mensagens, é estabelecer relacionamentos que acarretam modificações nos interlocutores. Dialogar é olhar para uma árvore florida e receber dela a imagem de suas formas e cores. Dialogar é pisar o chão com os pés e ter, a partir dele, o apoio para impulso de direcioná-los para a direção que quisermos. Dialogar é trocar com o calor, com o frio, com a chuva e com o ar úmido ou seco. Dialogar é fazer-nos entender e entender, chegando a denominadores comuns.

A natureza em sua imensidão é de todos e para todos. O diálogo é individual e coletivo. É uma tarefa que necessita de múltiplos e bem intencionados olhares. A água, os recursos hídricos que abastecem (ou deveriam abastecer) os reservatórios das cidades, em seu diálogo indispensável, fala e ouve com as populações e seus governantes. Dialogar com a água é entendê-la em suas abrangências e em suas particularidades.

Desde às 5:20 horas do dia de hoje (23 de setembro), a estação da primavera aportou em nosso hemisfério sul. A força da natureza ainda tem encontrado meios de se manifestar, mostrando-se mediante algumas de suas mais lindas expressões. É com flores de múltiplas cores e formas que a natureza nos convida a estabelecermos com ela um construtivo diálogo.

Um ensinamento oriental diz o seguinte: “Deus sempre perdoa, os homens às vezes e a natureza nunca”. O abuso no uso das tecnologias anda desviando os olhares daquilo que é mais fundamental e necessário. Quantos tropicões a fixação nos celulares já provocaram em tantos e tantas?... Que eles possam servir como alertas para que nosso diálogo com a natureza se construa sem que a partir dele precisemos amargar perdas irreversíveis.  

Postado por José Morelli

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