segunda-feira, 2 de julho de 2018

Alienação

É o mesmo que abdicar de si ou daquilo que lhe é próprio ou lhe diz respeito. É negar a si mesmo direitos e/ou obrigações inalienáveis e intransferíveis. É não reconhecer-se como sujeito de suas próprias atribuições. É desviar-se do próprio caminho, através do qual poderia chegar a uma maior realização pessoal, de acordo com o fluir de suas próprias capacidades. Alienação diz respeito à diminuição da capacidade de as pessoas pensarem e agirem a favor de si mesmas.

Existem várias alienações possíveis: a alienação mental daqueles que sofrem de doença psicopatológica e que lhes impede que tenham sintonia com a própria identidade; a alienação daqueles e daquelas do que pensam, do que sentem; da consciência que têm do que sofre o próprio corpo (com o pé cujo sapato o está apertando); da família a qual pertencem; da própria origem étnica, da cor da própria pele; do trabalho ao qual se sentem forçados a realizar; do consumo do que comem, do que bebem, vestem, ouvem, dizem; da política à qual compartilham juntamente com seus concidadãos e conterrâneos; do meio social em que vivem; da própria cultura da qual fazem parte.  

A diferença dos seres humanos dos seres irracionais está na sua criatividade em procurar soluções para seus problemas, desenvolvendo-se com descontração e espontaneidade: sinais indicativos de boa saúde mental e emocional. Os meios de comunicação de massa podem ou não contribuir para a alienação da sociedade em seu todo. A autenticidade nos relacionamentos é fundamental para que estes sejam terapêuticos, ajudando na superação das doenças e na construção de uma melhor saúde plena.

E não são somente as pessoas que ganham com os bons relacionamentos interpessoais em todos os níveis. O meio ambiente também ganha, sendo preservado em sua exploração desenfreada. Os direitos de cada povo sobre as riquezas comuns também permitem que a justiça e a equidade promovam maior igualdade entre todos, diminuindo a distância entre os que mais têm e os que menos têm: entre os que têm a faca e o queijo nas mãos e os que necessitam compartilhar de um único e mesmo queijo.

Postado por José Morelli

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