Maneiras próprias de ser e de
agir, de pensar e de sentir, que se associam e se complementam nas interações e
nas múltiplas trocas, estabelecidas pelos seres humanos, nas diversas etapas da
vida. Certamente, em nenhum outro tempo como o dos dias atuais, tantas revistas
especializadas divulgam imagens masculinas e femininas, ressaltando as
características mais marcantes de cada uma delas. Por isso, quanto ao que se refere
às maneiras externas de uma e de outra, estes dois conceitos podem ser
apreendidos com clareza em seus significados.
Desde os primeiros dias de vida,
mesmo antes de cada um de nós termos nos reconhecido em nossa própria
identidade de gênero, nossos cinco sentidos já registravam as diferenças entre as
maneiras próprias da masculinidade e da feminilidade. Nossas vivências posteriores
foram nos permitindo construções de entendimentos mais aprofundados. Fomos
aprendendo a associar ao que vemos externamente o sentimento que o acompanha
internamente.
Dentre as explicações e ideias
ouvidas, em todo esse percurso de aprendizados, algumas acabaram por nos servir
de alerta. “Quem vê cara não vê coração” diz a sabedoria popular: dentro de um
corpo masculino, por mais masculinizado que pareça, pode se ocultar uma alma afinada
com a feminilidade e, dentro de um corpo feminizado, por mais feminino que
pareça, pode se encontrar uma alma identificada com a masculinidade.
Encantamentos são encontrados em
ambas as maneiras de ser e de agir. Atratividades mútuas servem à sedução de
umas pelas outras. Nada se compara às imagens reais e em movimento, densas de
vida e de dinamismo. Sutilezas são apreendidas, despertando reações
instantâneas. Corporeidade e sentimentalidade se entrecruzam em todas as
direções e é, por essas e outras, que a vida, em sua integralidade, merece ser
respeitada e valorizada
Postado por José Morelli
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