quinta-feira, 31 de julho de 2014

Psico-somático

O entrelaçamento entre o psíquico e o físico, entre a mente e o corpo, é um fato muitíssimas vezes constatado. Uma forma para nos aproximarmos do entendimento desse fenômeno de ação e reação entre corpo e espírito é através da analogia. A analogia é “o ponto de semelhança entre coisas diferentes”.

A ligação entre o psíquico e o físico pode ser comparada com a ação da luz do sol sobre a superfície das coisas. Segundo a física, na luz do sol, nessa claridade em que vivemos, estão todas as cores que compõem o arco-íris. Dependendo da composição química dos elementos que revestem as superfícies, a luz se reflete numa das cores, sendo as outras absorvidas. As cores que o objeto tem são aquelas que não vemos. Aquela que ele não tem é a cor que vemos.

É assim que acontece com a luz do sol. O que os olhos vêem é a cor refletida. As cores absorvida não são vistas. Os olhos têm todas as condições e sensibilidade para perceberem, fisicamente, os reflexos da luz através das cores. Da mesma forma que os olhos, o nosso corpo inteiro, em cada uma de suas partes, externas e internas, tem sensibilidade. Nesse sentido, o nosso corpo se assemelha à superfície das coisas.

A luz do sol e as cores que nela se encontram, representa o todo das situações, que cada um de nós se defronta em cada momento. Os fatos nos atingem em nosso ser inteiro. Os fatos têm, cada um, seu colorido próprio. Além das cores dominantes, existem muitos matizes. O colorido dos fatos são o que eles representam de bem e de mal, de justo e de injusto, de bonito e de feito, de recompensa e de castigo, de verdadeiro e de falso, de saudável e de doentio, de gostoso/prazeroso e de incômodo/aversivo, de atração e de repulsa, de alegria e de mágoa, de inveja, de ciúmes, etc. ...


Por sua vez, o corpo capta, absorvendo e refletindo tudo o que os fatos contêm. O coração tem sua sensibilidade para absorver e refletir do mesmo modo os rins, o fígado, as glândulas, as mãos, os pés, a cabeça e todos os órgãos e membros. Tudo é assimilado, negado ou afirmado, absorvido ou refletido.

Por José Morelli

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