O entrelaçamento entre o psíquico
e o físico, entre a mente e o corpo, é um fato muitíssimas vezes constatado.
Uma forma para nos aproximarmos do entendimento desse fenômeno de ação e reação
entre corpo e espírito é através da analogia. A analogia é “o ponto de
semelhança entre coisas diferentes”.
A ligação entre o psíquico e o
físico pode ser comparada com a ação da luz do sol sobre a superfície das
coisas. Segundo a física, na luz do sol, nessa claridade em que vivemos, estão
todas as cores que compõem o arco-íris. Dependendo da composição química dos
elementos que revestem as superfícies, a luz se reflete numa das cores, sendo
as outras absorvidas. As cores que o objeto tem são aquelas que não vemos. Aquela que ele não tem é a cor que vemos.
É assim que acontece com a luz do
sol. O que os olhos vêem é a cor refletida. As cores absorvida não são vistas.
Os olhos têm todas as condições e sensibilidade para perceberem, fisicamente,
os reflexos da luz através das cores. Da mesma forma que os olhos, o nosso
corpo inteiro, em cada uma de suas partes, externas e internas, tem
sensibilidade. Nesse sentido, o nosso corpo se assemelha à superfície das
coisas.
A luz do sol e as cores que nela
se encontram, representa o todo das situações, que cada um de nós se defronta
em cada momento. Os fatos nos atingem em nosso ser inteiro. Os fatos têm, cada
um, seu colorido próprio. Além das cores dominantes, existem muitos matizes. O
colorido dos fatos são o que eles representam de bem e de mal, de justo e de injusto,
de bonito e de feito, de recompensa e de castigo, de verdadeiro e de falso, de
saudável e de doentio, de gostoso/prazeroso e de incômodo/aversivo, de atração
e de repulsa, de alegria e de mágoa, de inveja, de ciúmes, etc. ...
Por sua vez, o corpo capta,
absorvendo e refletindo tudo o que os fatos contêm. O coração tem sua
sensibilidade para absorver e refletir do mesmo modo os rins, o fígado, as
glândulas, as mãos, os pés, a cabeça e todos os órgãos e membros. Tudo é
assimilado, negado ou afirmado, absorvido ou refletido.
Por José Morelli
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