Uma realidade próxima de cada um de nós é o corpo em que nos constituímos. Com ele, espírito forma uma unidade indissociável. Sentir a integração entre mente e corpo, numa harmonia possível, corresponde à realidade da vida humana terrena. Os significados que atribuímos ao nosso corpo, pelo que ele é para nós, no seu todo e em suas partes, devem ser positivos, colocando-nos para cima, energizando-nos e animando-nos.
O sentido de “eu”: (meu/nosso) é atribuído a
cada membro de nosso corpo. Olhemos para nossas mãos, sintamos como nelas nos
encontramos e nos reconhecemos. Concentremo-nos tranquilamente, com o nosso
pensamento, e procuremos perceber a sintonia que elas possuem com o nosso ser
total: corporal e mental. Como devem ser nossos pensamentos e sentimentos para
que associem nossas mãos a ideias positivas e não só estranhas aos nossos
entendimentos.
De nossas mãos, passemos a atentar para outras
partes que constituem nosso corpo: braços; pernas; barriga;
peito/pulmões/coração; pés; ombros; cabeça; costas; pescoço;
boca/olhos/nariz/orelhas; genitais; etc...
Quanto mais coragem tivermos para
reconhecer-nos em nossas consonâncias e dissonâncias entre nosso “eu” e as
formas e funcionamentos de cada uma de nossas partes, melhor será a integração
conosco mesmo. É o “eu” que estabelece o sentido da união entre as partes e o
todo. Somos esse conjunto existencial. As ações de todas e de cada de nossas
partes são atribuíveis ao nosso “eu” inteiro. É através de nosso corpo que nos
relacionamos com os corpos e almas dos outros.
É pela consciência que nos dimensionamos na integridade de nosso ser corporal e espiritual. Possuímo-nos, integramo-nos em nossa identidade/personalidade, permitindo-nos assim que estabeleçamos trocas, dando-nos de nós mesmos aos outros e recebendo dos outros aquilo que deles ou delas podemos agregar em nós - sem nos confundir-nos. Distinguindo-nos pelo que efetivamente somos e temos e pelo que os outros, efetivamente têm e são.
Postado por José Morelli
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