Tudo é compartilhado: o que é bom e o que não o é. A própria razão de
bondade ou de maldade não é absolutamente precisa em suas possibilidades de
influências positivas ou negativas. Dependendo do ângulo de visão com que se
olha, algo pode ser qualificado de uma ou de outra forma. A ênfase dada em
favor desta ou daquela visão, muitas vezes esconde objetivos de
instrumentalizá-la em função de interesses, por vezes escusos. Compartilhamos
regras de vida supostamente organizadas. O contraditório nunca pode deixar de
estar presente, nos momentos em que dúvidas pairem sobre nossos julgamentos.
Compartilhamos verdades e mentiras, crenças e descrenças, esperanças e
desesperanças, satisfações e sofrimentos, alegrias e tristezas... Nossas
moradias compartilham as ruas e calçadas que dão acesso a outras moradias,
nosso bairro compartilha com outros mais próximos ou mais distantes, assim como
nosso município, nosso estado, nosso país, nosso continente compartilham com
outros municípios, estados, países, continentes. Formal ou informalmente,
trocas constantes se estabelecem em todas as direções.
Compartilhamos saberes e ignorâncias, harmonias e desarmonias, amores e
desamores, gentilezas e indiferenças, progressos e retrocessos, vantagens e
prejuízos, virtudes e pecados. Compartilhamos pensamentos e sensações,
sentimentos e imaginações, Tantas trocas servem à construção de nós mesmos e à
construção do mundo, desenvolvendo-o e respeitando-o em suas potencialidades .
Postado por José Morelli
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