quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Universo infantil

Do pensador e poeta libanês Khalil Gibran, nos foi transmitida a seguinte frase a respeito de pais e filhos: “Tu és o arco do qual teus filhos, como flechas vivas, são disparados”. Assim como o poema em seu conjunto, esta expressiva frase é, também, bastante rica como mensagem inspiradora. Independentemente da inclinação com que a flecha sai do arco, ainda assim sua trajetória encontra fatores que a podem modificar no caminho que percorre, bem como no alvo que atinge.

O universo infantil, disponibilizado às crianças de hoje, principalmente, vem agregando cada vez mais novidades, oferecidas pelas tecnologias de comunicação e outras. Nossos filhos e filhas, netos e netas partem de plataformas de lançamentos bem diferentes daquelas das quais fomos impulsionados, desde os nossos primórdios. Um mínimo de processamento de tantos dados se torna necessário para que a mente e o sentimento/emoção gozem de alguma harmonia entre si, facilitando-lhes o desenvolvimento.

Nesse contexto é que a psicoterapia infantil encontra seu papel auxiliar junto à sociedade e às famílias. Dentro do universo da criança, ela se constitui como um espaço privilegiado de encontro desta consigo mesma e com as representações, disponibilizadas no ambiente lúdico em que o/a psicoterapeuta a acompanha em todas as suas ações e reações.

A palavra “universo” diz respeito ao contexto amplo, amplíssimo, representativo da maior abrangência na qual todos nos inserimos e nos movimentamos, direta ou indiretamente. Advindas das mais distantes e, principalmente, das mais próximas, as barreiras ao desenvolvimento da criança surgem a partir dos contextos: familiar, escolar e do meio social.

Se adultos travam frente a tantos obstáculos, por que razão crianças também não travariam diante de situações que se lhes apresentem como ameaçadoras e castradoras?... A atenção dada à criança pelo psicólogo/a, no ambiente terapêutico, se constitui como oportunidade ímpar de novos entendimentos e sensações, que ampliam a capacidade de assimilação da realidade, da parte daquelas crianças que estão necessitando de ajuda.

Postado por José Morelli

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