A observação científica,
encontrada em livros de autores, que pesquisaram ou coletaram pesquisas de
outros sobre o comportamento humano, confirma que a hipótese expressa no
provérbio citado não só não é absurda, como até possui fundamentação em importantes
teorias da personalidade.
Existem maneiras diferentes de
“cuidar”: uns cuidam pelo sim, outros cuidam pelo não; uns pela aprovação,
outros pela desaprovação. Os primeiros proclamam explícita e implicitamente,
por palavras ou ações, os valores positivos, as razões e justificativas do que
dizem e fazem. Os segundos negam esses valores, afirmando que eles são
negativos ou destrutivos. Lutam contra eles como baluartes na defesa do bem
sobre o mal.
A insistência em falar de alguma
coisa, sentindo-se muito incomodado com ela, denuncia o compromisso, a ligação
de dependência, mesmo que seja por causa da percepção de impotência, de incapacidade
de superá-la. Fica a sensação de estar sendo dominado ou correndo o risco de
ser dominado, escravizado a qualquer momento. Daí a necessidade de “usar”, que
não deixa de ser uma forma também de “cuidar”. Outros ditos populares alertam:
“os extremos se tocam” e “quando a esmola é muita, o santo desconfia”. A
ciência nasce da vida. A sabedoria não se confunde totalmente com a ciência.
Ambas não se excluem, mas se completam para que as pessoas (eu, você) se
busquem e se encontrem reconhecendo-se em suas maneiras de ser, de agir e de
sentir (sem disfarces ou subterfúgios).
Postado por José Morelli
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