O papel de mãe se desenvolve a
partir da vivência concreta. Assim como os braços adquirem habilidade e força
através dos movimentos e do trabalho, assim também as expectativas da nova mamãe
podem transformá-la em MÃE apenas ou em mãe-gente, mantendo-a em seus demais
papéis, com os direitos e obrigações inerentes a cada um deles.
“Ninguém pode dar o que não tem”,
assim adverte a sabedoria popular. A mãe que se assegura a si própria o direito
de ser gente, pode transmitir ao filho (a) essa sua maneira de ser e de agir. É
provável que o este (a), assimilando para si essa liberdade, consiga aceitar,
com mais naturalidade, que sua mãe também a tenha e a coloque em prática.
O desenvolvimento da mãe-gente, em seus
múltiplos papéis, pode também ser comparado com os galhos de uma árvore. Estes
não são todos iguais no comprimento e na espessura. Assim, dependendo do exercício
constante em cada papel, estes se desenvolvem em maior ou menor proporção, de
acordo com os empenhos dispendidos no exercício dos mesmos.
O desenvolvimento da mãe-gente
não acontece sem conflitos. As solicitações vêm de todos os lados. São muitas
as demandas e cobranças. As ideias claras quanto ao que quer, aliadas a uma
força interior e objetividade, quanto às condições e limites pessoais, ajudam para
o equilíbrio no crescimento em cada uma das diversas frentes de atuação.
Para quem vive a experiência de ser filho (a),
contribui avaliar os próprios conceitos sobre sua mãe, os sentimentos e
sensações que depreendem dos relacionamentos com ela. Que direitos lhe são
concedidos?... Que obrigações dela são esperadas?... Quais são as expectativas justas
que dela são possíveis: de uma supermãe ou de uma mãe-gente?!...
Postado por José Morelli
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