terça-feira, 17 de setembro de 2019

Exercício com os olhos

Desde os tempos do colégio, aprendi este exercício e constantemente o pratico. A sala onde eram ministradas as aulas de física possuía uma infinidade de instrumentos, que permitiam a mestre e a alunos realizarem muitas experiências que se tornaram inesquecíveis. O professor era o padre Augusto Cherubini e foi ele que, numa das aulas, ensinou e recomendou aos alunos que o fizessem sempre que pudessem. Dele veio este legado, esta herança, pois naquele mesmo ano ele veio a falecer. Assim como o recebi “de graça” quero, da mesma forma, transmiti-lo a todos os leitores e leitoras deste blog.

O exercício consiste no seguinte: Procure um lugar tranquilo, em que possa ficar bem acomodado e onde a luz não seja muito intensa. Feche os olhos lentamente. Em seguida, movimente várias vezes as pupilas na horizontal, de um extremo ao outro, da direita para a esquerda, voltando sua  atenção aos movimentos que está fazendo. Depois, movimente os olhos na vertical, para cima e para baixo, várias vezes também. O terceiro movimento é na transversal: de cima, à direita, para baixo, à esquerda, indo e voltando tantas vezes como nas anteriores. O quarto movimento é também na transversal, agora ao contrário, de cima, à esquerda, para baixo, à direita. Para completar o exercício, gire as pupilas no sentido dos ponteiros do relógio e, por último gire no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio. O exercício inteiro pode durar de três a cinco minutos.

A musculatura dos olhos se beneficia com este exercício. Fica mais fortalecida, mais ágil, ampliando seu alcance de visão e capacidade. O treino de levar aos pontos extremos as pupilas torna-as mais aptas a verem o mundo em toda sua extensão, tanto no sentido físico como no psicológico. A coordenação dos movimentos ajuda a tranquilizar o sistema nervoso. Estas são algumas das vantagens, que tenho experimentado ao fazer este exercício e a razão de recomendá-lo aos outros de que o pratiquem sempre que os próprios olhos reclamarem de cansaço ou de dor.

Antes de terminar, quero insistir numa coisa que não é muito fácil, em qualquer exercício corporal. O envolvimento com os movimentos do exercício é fundamental para que surta o melhor efeito. Quando se está muito preocupado com algum problema, fica mais difícil deixar de pensar nele e nele se concentrar. Aí é que se encontra a importância de fazer um esforço para mudar o foco da atenção. Só esse esforço já o torna salutar. Centrar-se mentalmente em qualquer parte do próprio corpo é apoiar-se numa força que existe em cada ser humano e que, por si só, é um precioso dom que não se deve deixar perder.

Postado por José Morelli

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