Desde os nossos primeiros
momentos de vida, mesmo da vida intrauterina, vamos somando sensibilidades
ainda que sem entendê-las em seus significados.
Gradativamente, o entendimento vai se dando, à semelhança da posição em
equilíbrio entre os dois pratos de uma balança, cujos pesos de um lado e de
outro vão se igualando. Quando já temos certa capacidade de enfrentamento de
determinadas questões, o peso do prato com negatividade vai se tornando
relativamente menor e menos amedrontador, deixando-nos menos vulneráveis aos
impactos por ele provocados.
Nossa vida é um diálogo constante
com os acontecimentos que temos de lidar no dia a dia. Quantos sustos nos
surpreendem em nossa trajetória de vida. Os desafios sempre exigindo mais e
mais força de mente e de espírito e de energia física também. Nem tudo aparece
claramente. Só a emergência dos sintomas emocionais é que podem permitir que
nos percebamos em nossas vulnerabilidades.
Quem, em algum momento, não
experimentou aquela sensação indesejável e desconfortável de insegurança e de
risco iminente?... Quem, em algum
momento, não se viu tomado por sintomas emocionais e físicos quase que
indescritíveis?... Por mais indesejáveis que sejam esses momentos, ainda assim
eles se constituem como oportunidade de aprendizado e de autoconhecimento.
Associações de ideias, atos
falhos, sonhos podem nos ajudar no desvendamento de nossos segredos íntimos. Inimigos
ocultos são mais perigosos do que os que não o são. Os sintomas desvendam a
existência de problemas. Pegamos a ponta do fio de lã que se apresenta visível
e vamos puxando, puxando. E não é que lá na outra ponta aparece alguma
explicação!... Aí gritamos: “Eureca”, descobrimos de onde vem nossa fraqueza ou
vulnerabilidade!
Pouco a pouco, vamos tomando
posse de nós mesmos, consolidando-nos em nosso ser pessoal, familiar,
profissional e social. Pouco a pouco, vamos amadurecendo e nos fortalecendo
frente às nossas vulnerabilidades. Tornamo-nos mais adultos e capazes de
ajudar-nos e de ajudar a quem de nós precisa de nossa colaboração ou apoio.
Postado por José Morelli
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