sábado, 13 de julho de 2019

Vulnerabilidades emocionais

Desde os nossos primeiros momentos de vida, mesmo da vida intrauterina, vamos somando sensibilidades ainda que sem entendê-las em seus significados.  Gradativamente, o entendimento vai se dando, à semelhança da posição em equilíbrio entre os dois pratos de uma balança, cujos pesos de um lado e de outro vão se igualando. Quando já temos certa capacidade de enfrentamento de determinadas questões, o peso do prato com negatividade vai se tornando relativamente menor e menos amedrontador, deixando-nos menos vulneráveis aos impactos por ele provocados. 

Nossa vida é um diálogo constante com os acontecimentos que temos de lidar no dia a dia. Quantos sustos nos surpreendem em nossa trajetória de vida. Os desafios sempre exigindo mais e mais força de mente e de espírito e de energia física também. Nem tudo aparece claramente. Só a emergência dos sintomas emocionais é que podem permitir que nos percebamos em nossas vulnerabilidades.

Quem, em algum momento, não experimentou aquela sensação indesejável e desconfortável de insegurança e de risco iminente?...  Quem, em algum momento, não se viu tomado por sintomas emocionais e físicos quase que indescritíveis?... Por mais indesejáveis que sejam esses momentos, ainda assim eles se constituem como oportunidade de aprendizado e de autoconhecimento.

Associações de ideias, atos falhos, sonhos podem nos ajudar no desvendamento de nossos segredos íntimos. Inimigos ocultos são mais perigosos do que os que não o são. Os sintomas desvendam a existência de problemas. Pegamos a ponta do fio de lã que se apresenta visível e vamos puxando, puxando. E não é que lá na outra ponta aparece alguma explicação!... Aí gritamos: “Eureca”, descobrimos de onde vem nossa fraqueza ou vulnerabilidade!

Pouco a pouco, vamos tomando posse de nós mesmos, consolidando-nos em nosso ser pessoal, familiar, profissional e social. Pouco a pouco, vamos amadurecendo e nos fortalecendo frente às nossas vulnerabilidades. Tornamo-nos mais adultos e capazes de ajudar-nos e de ajudar a quem de nós precisa de nossa colaboração ou apoio.

Postado por José Morelli

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