terça-feira, 21 de maio de 2019

Roer unhas

Existe um número considerável de pessoas que possuem o hábito ou mania de roer unhas. Para consolo destas pessoas, ainda bem que as unhas são capazes de crescerem constantemente. Roer unhas pode ser entendido como atitude compulsiva. Mesmo compreendendo todos os inconvenientes de tal comportamento, essas pessoas não conseguem se conter, principalmente naqueles momentos em que estão tensas e/ou apreensivas.

É correto associar o roer unhas às tensões e apreensões. Criar alguma estratégia que iniba esse impulso, tais como colocar pimenta nos dedos ou fazer uso de luvas nas mãos, não será suficiente se não for acompanhado de um dedicado investimento pessoal que as façam entender-se melhor quanto aos próprios juízos e sentimentos.

Uma pista para descobrirem os fundamentos das tensões pode ser descoberta a partir dos sintomas que as provocam que, nestes casos, é a própria impulsividade de roer-se. Uma das características desse fenômeno comportamental é o quanto ele se constitui como destrutivo. É comum tais pessoas deixarem as unhas tão curtas, até chegarem à carne fazendo-a sangrar. Raiva, agressividade, autodestruição, vergonha, timidez, insegurança são alguns indícios do que está subjacente ao sintoma.

Uma mistura de pensamentos negativos e de sensações corporais incômodas e desconfortáveis. Para poderem lidar melhor com esse constrangimento é importante que se conscientizem e se assumam quanto ao que pensam e como pensam, no alcance dos significados que atribuem a si mesmos e aos acontecimentos que precisam enfrentar. Só aprofundando-se no sentido da própria realidade é que poderão superar seus conflitos.

Não é difícil perceber que o hábito de roer unhas se contrapõe ao sentimento positivo da pessoa por si mesma. A chave desta questão é, portanto, além do trabalho de superação dos conflitos, um esforço sincero de cultivar a própria autoestima, de querer-se bem, de saber valorizar-se, de saber reconhecer os pontos positivos da própria vida, de enxergar-se como vencedor, a partir de seus valores, não exigindo acima do que é capaz, acima do que lhe permite os dotes que possui.


Postado por José Morelli

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