É correto associar o roer unhas às
tensões e apreensões. Criar alguma estratégia que iniba esse impulso, tais como
colocar pimenta nos dedos ou fazer uso de luvas nas mãos, não será suficiente
se não for acompanhado de um dedicado investimento pessoal que as façam entender-se
melhor quanto aos próprios juízos e sentimentos.
Uma pista para descobrirem os fundamentos
das tensões pode ser descoberta a partir dos sintomas que as provocam que, nestes
casos, é a própria impulsividade de roer-se. Uma das características desse
fenômeno comportamental é o quanto ele se constitui como destrutivo. É comum tais
pessoas deixarem as unhas tão curtas, até chegarem à carne fazendo-a sangrar.
Raiva, agressividade, autodestruição, vergonha, timidez, insegurança são alguns
indícios do que está subjacente ao sintoma.
Uma mistura de pensamentos
negativos e de sensações corporais incômodas e desconfortáveis. Para poderem
lidar melhor com esse constrangimento é importante que se conscientizem e se
assumam quanto ao que pensam e como pensam, no alcance dos significados que
atribuem a si mesmos e aos acontecimentos que precisam enfrentar. Só
aprofundando-se no sentido da própria realidade é que poderão superar seus
conflitos.
Não é difícil perceber que o
hábito de roer unhas se contrapõe ao sentimento positivo da pessoa por si
mesma. A chave desta questão é, portanto, além do trabalho de superação dos
conflitos, um esforço sincero de cultivar a própria autoestima, de querer-se
bem, de saber valorizar-se, de saber reconhecer os pontos positivos da própria
vida, de enxergar-se como vencedor, a partir de seus valores, não exigindo
acima do que é capaz, acima do que lhe permite os dotes que possui.
Postado por José Morelli
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