Nosso mundo pode ser o mesmo, desde que começou a ser habitado pelos humanos. A natureza que nele viceja pode apresentar diferenças, em suas manifestações. Os tempos, porém, em cada novo momento, inspiram novos significados, novas sinalizações, de acordo com as circunstâncias que, inexoravelmente, vão deixando suas marcas. Quantas diferenças podem ser percebidas entre uma década e outra, entre uma geração e outra.
Nestes últimos anos, as mudanças
tecnológicas têm revolucionado a vida das pessoas. Cada vez mais, elas vêm
interferindo diretamente no dia a dia dos indivíduos e da sociedade em seu todo.
O imperativo de inovar tem levado a uma corrida entre aqueles que promovem esse
processo, que se dá em escala global.
O acesso ao estudo é um direito
de todos, desde à infância até às etapas mais avançadas. É evidente que essa
democratização implica em mudanças profundas nas maneiras como acontecem as relações
interpessoais. Enquanto alguns problemas são solucionados, outros são criados ou
mesmo multiplicados.
Quem é avô ou avó, nos tempos
atuais, pode se perguntar: “Será que meus avós sentiram por seus netos ou netas
o mesmo que eu sinto pelos meus, hoje: essa sensação mágica de encantamento que
nem eu mesmo consigo entender direito, como é...?” Num passado não tão
distante, as famílias eram bem maiores. Os avós tinham que dividir atenção e
afeto com um número maior de netos e netas. Aí, os avós de hoje podem, mais uma
vez, perguntar: “Será que o fato de terem tido tantos netos e netas fizeram com
que eles pulverizassem seus sentimentos e suas percepções?... O amor,
necessariamente, não só se divide, mas pode até mesmo se multiplicar?...”
Incorporar as circunstâncias do
momento presente, interpretando-as em seus sinais, é o desafio a ser enfrentado
por toda essa nossa geração presente. Só assim é que poderemos contribuir, mais
eficazmente, à construção de nós mesmos e do mundo que nos cerca.
Postado por José Morelli
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