Em casa onde falta pão, ninguém tem razão”. A sabedoria popular, desde tempos idos, criou este provérbio. Por sinal, nesta semana que está terminando, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou novos dados que apontam para um crescimento, ainda maior, das desigualdades sociais e econômicas no Brasil. A distância entre os que mais têm e os que menos têm se tornou mais pungente (aguçada, penetrante, pontiaguda). Situação propícia para o recrudescimento de divergências nas quais, com facilidade, palavras viram palavrões e palavrões viram palavras. Nas redes sociais pululam mentiras e agressões das mais diversas mediante utilização de estereótipos.
Felizmente, os desafios
históricos também instigam boas ideias, inspiradoras de caminhos mais claros à
construção de entendimentos que ultrapassam ao óbvio das palavras, amplificando-
lhes os significados. Foi nesse sentido que registrei dois pequenos textos de
um cidadão penhense, empresário tradicional que, em vez de ignorar as
dificuldades, prefere abordá-las aprofundando-se nos sentidos das palavras que
as expressam. O primeiro texto alerta
para o seguinte: “Quem fabrica armas, quer guerra - Quem vive de juros, quer
crises - Quem vende proteção, quer insegurança – Quem oferece limpeza, quer
sujeira – Quem promete melhorias, quer dificuldades – Quem dá informações,
precisa de caos”. Em síntese, os contrários necessitam-se uns dos outros.
O segundo texto diz: “Ser de
direita, obviamente, não significa não ser canhoto, muito menos direito nas
próprias condutas, viver com ética, ser melhor, ser mais bem informado, ser
honesto, ser protegido pela lei ou também que seu emprego, sua empresa ou seu
negócio está livre das crises econômicas que um mau governo cria. Então, antes
de dizer que se é de direita ou de centro ou de esquerda é bom pensar no que é
melhor para todos, sem distinção de cor, gênero, religião ou situação
econômica”.
Estamos todos num mesmo barco. As
coisas boas tendem a se propagar da mesma forma como as coisas ruins, também,
tendem a se propagar. Cedo ou tarde, todos acabam por serem atingidos pelos
respingos, sejam das coisas boas que acontecem sejam das coisas ruins.
Postado por José Morelli
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