sexta-feira, 10 de junho de 2022

Quando palavra vira palavrão

 Em casa onde falta pão, ninguém tem razão”. A sabedoria popular, desde tempos idos, criou este provérbio. Por sinal, nesta semana que está terminando, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou novos dados que apontam para um crescimento, ainda maior, das desigualdades sociais e econômicas no Brasil. A distância entre os que mais têm e os que menos têm se tornou mais pungente (aguçada, penetrante, pontiaguda). Situação propícia para o recrudescimento de divergências nas quais, com facilidade, palavras viram palavrões e palavrões viram palavras. Nas redes sociais pululam mentiras e agressões das mais diversas mediante utilização de estereótipos.

Felizmente, os desafios históricos também instigam boas ideias, inspiradoras de caminhos mais claros à construção de entendimentos que ultrapassam ao óbvio das palavras, amplificando- lhes os significados. Foi nesse sentido que registrei dois pequenos textos de um cidadão penhense, empresário tradicional que, em vez de ignorar as dificuldades, prefere abordá-las aprofundando-se nos sentidos das palavras que as expressam.  O primeiro texto alerta para o seguinte: “Quem fabrica armas, quer guerra - Quem vive de juros, quer crises - Quem vende proteção, quer insegurança – Quem oferece limpeza, quer sujeira – Quem promete melhorias, quer dificuldades – Quem dá informações, precisa de caos”. Em síntese, os contrários necessitam-se uns dos outros.

O segundo texto diz: “Ser de direita, obviamente, não significa não ser canhoto, muito menos direito nas próprias condutas, viver com ética, ser melhor, ser mais bem informado, ser honesto, ser protegido pela lei ou também que seu emprego, sua empresa ou seu negócio está livre das crises econômicas que um mau governo cria. Então, antes de dizer que se é de direita ou de centro ou de esquerda é bom pensar no que é melhor para todos, sem distinção de cor, gênero, religião ou situação econômica”.

Estamos todos num mesmo barco. As coisas boas tendem a se propagar da mesma forma como as coisas ruins, também, tendem a se propagar. Cedo ou tarde, todos acabam por serem atingidos pelos respingos, sejam das coisas boas que acontecem sejam das coisas ruins.

Postado por José Morelli

 

 

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