quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Atividade comercial

Comprar e vender implica riscos. Bom senso, coragem e confiança são alguns dos pré-requisitos necessários a todo aquele que se determina a essa atividade. O empenho de suas capacidades humanas se dá em vários sentidos, em várias direções. Através de seu trabalho, o comerciante se projeta profissional e socialmente. Fornecedores e clientes exigem tratamentos diferenciados. Com eles, desenvolve, respectivamente, a arte de comprar e de vender. Sensibilidade, malícia, criatividade não podem faltar ao serem estabelecidos esses relacionamentos.

As leis. São muitas! Leis que regem o tempo, o espaço, os meios circulantes (dinheiro, cheques, promissórias...)  Leis que tratam de taxas e impostos. Leis que garantem direitos e impõem obrigações. Inteligência, previsibilidade, controle da ansiedade são imprescindíveis para administração de tantas responsabilidades.  

O comerciante se relaciona com suas mercadorias. Misturam-se sentimentos de Amor e de  ódio. Olhos, mente e coração envolvem-se nesses sentimentos. Alegria e apreensão quando as mercadorias chegam. Alívio e alegria ainda maior quando estas são vendidas e vão embora, desde que deixem alguma vantagem na transação, seja em dinheiro, que não seja nota falsa ou cheque, que não volte por falta de fundos. Prudência, fé, perseverança.

O exercício do comércio mobiliza capacidades. Atenção, percepção, intuição ou senso de oportunidade. A importância do uso da comunicação verbal e não verbal, nos momentos certos. Segurança, objetividade, discrição e sinceridade na exposição da mercadoria. Nem tudo é perceptível aos olhos. Vender um produto é revelá-lo ao comprador com fidedignidade.

O retorno da atividade comercial não é imediato. Exige um certo tempo. Primeiro é feito o investimento e, só depois de meses ou mesmo anos, é que o lucro começa a aparecer. Determinação, paciência e resistência às frustrações são imprescindíveis para consolidação de um bom empreendimento. A atividade comercial é de grande importância para a sociedade em sua organização funcional. O comerciante é um intermediário, uma ponte que liga as duas margens de um mesmo rio. Assim, ele se sustenta e permite que outros se sustentem também. Um serviço que contribui e viabiliza trocas necessárias e.  mesmo indispensáveis. Um exercício de solidariedade e de cidadania.

Por José Morelli

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