Nossa segunda morada é aquela em que habitamos, passando grande parte de nossos dias. Por ela somos abrigados e protegidos das intempéries. Da forma como seja nossa casa, simples ou sofisticada, dela também devemos saber extrair a máxima satisfação que ela pode nos proporcionar, juntamente com aqueles que nos são queridos e próximos, em cada instante.
Nossa terceira casa é o bairro que dividimos com tantos e tantos outros, com os quais compartilhamos nossa vizinhança e contemporaneidade. Ele se constitui como chão em que pisamos com nossos pés, direcionando-nos para onde quisermos. Dentro dos limites geográficos em que se insere, é identificado com o nome com que é reconhecido. Em nosso caso específico, chamamo-lo de PENHA DE FRANÇA.
Com nosso bairro estabelecemos uma relação de amor e de ódio. Amamos o que nele e dele gostamos e odiamos o que nele e dele não nos agrada. Envidamos esforços para que o primeiro (positivo) seja otimizado e o segundo (negativo) minimizado.
Celebramos, com alegria e felicidade, nosso corpo e nosso ser inteiro no dia em que comemoramos mais um ano de vida. Devemos, igualmente, celebrar com alegria e felicidade toda vez que dotamos nossa casa com alguma melhora em suas condições de convívio e de acolhimento. Por fim, faz bem ao nosso corpo e à nossa alma compartilharmos, com alegria e felicidade, da celebração de nosso bairro, quando este é enaltecido em sua história, expressas nos sinais deixados por seus caminhos percorridos no tempo.
Sinais materiais e imateriais, referências do passado vivido por nossos antecessores, podem ser identificados e, devidamente, valorizados e preservados. Tal valorização não significa que a preservação dos mesmos sirva ao congelamento de sua utilização e desenvolvimento de seu entorno; muito pelo contrário, acoplados ao novo e ao tecnológico, ambos podem ganhar ainda maior expressividade, inclusive do ponto de vista de valorização mercadológica, como acontece em vários países da Europa, principalmente.
Postado por José Morelli
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