quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Canalizar a energia

Friccionar as mãos, esfregando-as uma à outra permite perceber como a energia está presente em cada um de nós, nas formas de movimento e de calor. Em conseqüência de friccionar as mãos, estas se aquecem... depois, pouco a pouco o seu calor vai se dissipando, transferindo-se para o ambiente. Nossa vida se manifesta através da energia presente em nosso corpo e em nossa mente. Corpo e mente trocam energia entre si. Para que se mantenha vivo e se desenvolvendo, o ser humano precisa da energia que o meio externo lhe proporciona, através do ar que respira, do alimento com que se nutre. Os órgãos dos cinco sentidos: visão audição, paladar, olfato e tato transmutam energias ao exercerem cada um suas respectivas funções. Pensamentos, sentimentos, emoções e sensações possuem força indutiva. A mente, por sua capacidade, influencia nos rumos dos acontecimentos e na vida das pessoas e da sociedade.

A sensação de dor ou de sofrimento físico ou psíquico é provocada pela forma como a energia é canalizada. A presença da dor ou do sofrimento podem servir como alerta, denunciando que algo não ocorreu da maneira como deveria ter ocorrido.

Os sintomas que se manifestam através do corpo são indicativos dos problemas que o afligem. Através desses sintomas o corpo fala, utilizando-se desse tipo de linguagem que precisa ser bem entendido. Dores, febres, pressão alta, tensão muscular são fluxos de energia mal canalizados. Uma constante observação do próprio corpo permite uma familiaridade entre este e a mente, pela compreensão do que se passa no todo em que nos constituímos.

Acontece, às vezes, de a energia sofrer um bloqueio em alguma parte do corpo. Uma massagem, a aplicação de algum medicamento ajudam a desbloqueá-la, redirecionando-a em seu fluxo normal. Dialogamos com nosso corpo, respondendo com atitudes às mensagens que transmite. A psicoterapia, pelo maior conhecimento que desenvolve nas pessoas, de si mesmas e das influências que recebe de suas interações com o meio, contribui para que esse diálogo se torne mais produtivo, resultando na descoberta de maneiras mais eficazes de canalizar a energia. Trata-se de um caminho muito pessoal. O histórico de cada pessoa é único. O modo como cada uma processa a própria história também é único, o que exige uma dedicação artesanal e com o maior interesse.

Por José Morelli

Um comentário: