O mundo
animal e o mundo vegetal apresentam uma variedade incrível de formas de vida.
Na condição de humanos, temos em comum com os animais e com os vegetais a vida,
em suas fases de nascimento, desenvolvimento, proliferação ou procriação, maturidade
e, por último, morte. Além disso, existem características nos animais e nas
plantas, que servem para identificar formas de ser e de comportamento humano. Essa
identificação pode explicar os inúmeros apelidos que são dados e o uso de
expressões, utilizando nomes de bichos e de plantas.
Dentre
os bichos, destacamos: a tartaruga, com seu casco duríssimo e seu andar
vagaroso; o tamanduá, com seu focinho comprido, sem dentes e com grande
habilidade para chupar as formigas de dentro dos cupins; o tatu, que faz sua
toca debaixo da terra e se alimenta de raízes, frutas, insetos e mesmo carniça;
a ema que, no momento do perigo, esconde a cabeça, deixando seu grande corpo à
vista; a girafa, com seu pescoço comprido; a cobra, esperta, traiçoeira e
fatal; a baleia, um mamífero com grandes dimensões; a lesma e sua lerdeza; o
caracol, com sua casa em espiral e carregada nas costas; o urso, que mata com
um abraço “mui amigo”; o veado, tímido, ligeiro e delicado no andar e saltar; o
famoso chupim, que põe seus ovos nos ninhos do tico-tico que, sem saber,
cria-lhe os filhotes; o caranguejo, que anda para trás; a águia, notável por
seu tamanho, vigor e seus altos voos; o camelo, ruminante, com suas duas
corcovas e que suporta longas caminhadas pelo deserto, sem precisar comer nem
beber; o gato, preguiçoso e acomodado...
No
mundo vegetal, o coqueiro, alto e elegante; o chorão, que é uma árvore ornamental,
sem folhas e com ramos verdes e que tem um aspecto tristonho; o quiabo, liso
como ele só; as parasitas, que se alimentam de outras árvores; o cipó, enrolado
e, para finalizar esta resumida seqüência, o abacaxi, que além de ser difícil
de ser descascado, faz questão de ter coroa, qualificando a coisa ou a pessoa complicada
e que parece fazer questão de dificultar qualquer manuseio.
Postado por José Morelli