É o mesmo que: colocar rótulo o
etiquetar. O rótulo serve para identificar o produto que se encontra no
interior de uma embalagem qualquer. Todo rótulo tem essa serventia, mas nem
sempre o produto corresponde ao que ele diz. Existem tanto rótulos verdadeiros
como rótulos falsos, colocados com a intenção de enganar quanto ao produto em
si ou à sua procedência. Produtos que, pouco o quase nada se diferencia uns dos
outros, podendo facilmente ser trapaceados com rotulagem falsa.
O verbo rotular também é
utilizado quando alguém se refere a outra pessoa, resumindo sua identidade com
um único adjetivo, de forma superficial e precipitada. Com relação a produtos,
é possível se descobrir sua verdadeira natureza através de um teste de
qualidade. Afirmações sobre pessoas é uma coisa fácil de fazer. Algumas vezes,
se é possível dar-lhes a chance de passarem por averiguações de qualidade; na
maior parte das vezes, porém, esse tipo de averiguação não é possível e se fica
apenas com a imagem do rótulo inadequado ou superficial.
“Ganha fama e deita-te na cama!”
Este provérbio, tão antigo, consegue passar uma ideia interessante. Se alguém
adquire credibilidade perante os outros pode fazer uso desta imagem positiva
pelo resto da vida, desde que não venha a “pisar na bola”, negando o que a fama
lhe havia garantido. A vida é muito dinâmica e uma caixinha de surpresa de
todos os tipos. As pessoas podem ser sempre novas, mostrando em qualquer
momento faces ainda desconhecidas de sua realidade e que um simples rótulo não
consegue mostrar.
É muito cômodo ater-se a rótulos.
Não que eles não tenham seu valor e importância. Em se tratando de pessoas, no
entanto, é importante que não sejam entendidos com o termo final de uma
compreensão ou de uma definição do que elas são, mas como um começo de novas
buscas, uma porta aberta que leve a entendimentos mais amplos e profundos da
realidade que elas representam.
Rótulo é apenas rótulo, uma
simples etiqueta. O conteúdo é sempre mais importante. O primeiro existe em
função do segundo e não ao contrário. O rótulo é apenas um meio condutor, que
pode ou não levar àquilo que é objeto do desejo. Vale à pena não se acomodar e
abrir-se nos olhos e no espírito, superando a preguiça e o medo de ir sempre
mais além das aparências.
Postado por José Morelli