Carência de vida, de felicidade, de resposta... só se cura com vida, com
“remédio vivo”. Remédio-resposta, remédio anseio, remédio-ponte
(passagem/mediação), remédio encontro. Remédio-gente, para superação e cura de carências de vida humana.
Remédio - gente viva - fantasia: resposta fundamental, necessária,
indispensável ao lenitivo da dor e à superação do medo de sentir dor, que
paralisa a inteligência e a vontade. Remédio-emoção-plenitude. Tônico que
encoraja enfrentar os riscos de viver e de conviver, de gozar e de sofrer.
Indicado para se obter o reencontro com o ego (eu), com o sentido mais
verdadeiro da própria realidade. Através de relações e correlações, de
dimensionamentos e redimensionamentos obtém-se um aumento da auto-estima e da
estima, melhor ordenada, do que existe à volta.
Com novos sentidos e perspectivas, a vida ganha merecimento, dignidade e
respeito. Subjetividade e objetividade se encontram, se desencontram e se
tornam a encontrar... sucessivamente.
Remédio-sorriso-indignação-esperança. Remédio-todos os altos e baixos
humanos... Remédio vivo interagindo com a vida. Teste de vida. Medo de
fracassar, medo de magoar. Trocas saudáveis, mutuamente justas. Vidas com nomes
e endereços... personalizadas, identificadas, confiantes e confiáveis,
mutuamente cumpliciadas.
Remédio vivo - eficaz, que chega onde está o mal, onde está a dor... que,
antes de suavizá-la, faz com que doa ainda mais. Dor de reconhecimento, de
enfrentamento, de coragem/covardia (assumida ou negada), de resolução e de
solução. O ego identificado em suas capacidades e limites no aqui/agora. O
psicoterapeuta como gente e remédio vivo.
Por José Morelli